Uma viagem tem sempre um pouco de adrenalina. Por motivos variados. Alguns do bem, outros nem tanto. Uma coisa ruim que pode acontecer com a gente na véspera de uma viagem, quando o final de semana já está chegando e o horário comercial já se despediu é uma consulta bancária num caixa de auto atendimento declinar numa mensagem “conta bloqueada”, “senha não confere” etc e tal. Parece que foi armação do destino. Mas não chega a ser suficiente para cancelar os planos. Só uma dorzinha de cabeça a mais.
Uma dica pra não sucumbir diante das burocracias bancárias, às quais sempre estamos sujeitos, é separar o bererê destinado a viagem em diferentes contas bancárias. Porque banco é assim: quando você mais precisa dele, ou necessita de uma certa rapidez, ele falha.
Mesmo assim, com alguns contratempos relacionados à burocracia financeira, sábado foi dia de picar a mula em busca da terra de Shakespeare com uma musiquinha que estacionou na minha cabeça nos últimos dias. Especialmente um verso: “Lá em Londres quando me sentia longe daqui”. Coisa do Gilberto Gil, nos anos de chumbo, em que ele experimentou o exílio. E “London London”, de Caetano, vem em seguida. Uma espécie de pupurri da partida.
Foram mais de onze horas de voo. Uma prova de fogo pra quem não gosta de voar de avião. Sobrevivi. Sobrevivemos e cá estamos. Londres é nosso ponto de partida para conhecer povos e culturas milenares. E chegar na Europa por uma cidade tão especial, é algo que me parece de bom tom.
Tenho muitas anotações de lugares para visitar e coisas para fazer, em apenas três noites. Um almoço na última sexta com um casal de amigos clareou bastante os afazeres londrinos. Mickey Del Cueto e Kika Serra, brasileiros que moraram em Londres vários anos e agora estão no Rio de Janeiro, tocando um programa de música brasileira na internet, o Caipirinha Appreciation Society (vale a pena checar na web), deram altas dicas.
Aqui no Leme, meu paradeiro carioca que precedeu a viagem, na sexta, pela manhã, dei pulinho na praia. Barulhinho gostoso o da areia se friccionando nos pés da gente. Nem me lembrava mais disso.
Ufa... Depois de escalas em São Paulo e Lisboa, finalmente, chegamos a
Londres. Vamos ver como é que vai ser. Se pudesse escolher entre ver a Rainha ou a Amy Winehouse, será que alguém tem dúvida de quem eu escolheria.
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