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domingo, 11 de setembro de 2011

Sonora Brasil


Todo mundo é um pouco artista. Todos temos um pouco das artes no sangue. Botar ou não isso pra fora é uma questão particular de cada um. Artista: ser ou não ser, eis a questão. Mas não vale a pena encucar. Faça a sua parte ou faça você mesmo, como diz a filosofia punk. Vê até onde você pode chegar e não tenha medo de subir num palco, ou de mostrar suas criações, por mais malucas que sejam.

Uma boa forma de se testar é participar de algo coletivo. Se envolver com outras pessoas que também gostam de fazer arte. Ou de se arriscar com a arte. Com essas ideias na cabeça e mais um montão de outros pensamentos, em março deste ano resolvemos entrar para um coral, o Sesc Canta. Valeu a pena. Ontem foi nossa terceira apresentação, com repertórios pré selecionado e ensaiados com bastante rigor.

Mais uma vez a gente abriu para uma apresentação de cultura popular, através do Sonora Brasil, projeto idealizado e organizado pelo Sesc. Cantamos três músicas antes do Grupo de Congo Panela de Barro, lá do Espírito Santo. Dois maracatus, gênero musical pernambucano, e um arranjo feito pelo nosso próprio regente, Carlos Taubaté, para a música Acalanto, de Dorival Caymmi. Um repertório bastante complexo para um coro que não tem assim tanta experiência. Mas valeu a pena, ô se valeu!!!
 
Sesc Canta interagindo com as Caixeiras do Divino
 
Comitiva de S. Benedito da Marujada de Bragança (PA)
 
Grupo de congo: Panela de Barro (ES)

Então, de repente se passaram seis meses e está dando certo. Somos quase quarenta vozes, pessoas muito diferentes, de classes sociais diversas, assalariados, aposentados, profissionais liberais, funcionários públicos e alguns já com alguma experiências nas artes. Essa é a magia de um coral: reunir pessoas totalmente diferentes, mas que têm algo muito em comum, a vontade de aprender e praticar música.







Falando assim, até parece que é fácil. Mas quando a gente para pra pensar no tempo que temos dedicado à essa atividade, a disciplina à qual temos que nos submeter e os esforços físico e intelectual (claro que sim) que dispendemos para dar conta do recado... putz, foi ralação mesmo. Foi trampo. E o troco vem no conhecimento musical que estamos adquirindo e na capacidade de produzir música, uma música que merece ser compartilhada com outras pessoas. Ah, e merece até aplausos.



Tivemos vontade de descobrir um pequenino talento dentro de nós e de lapidá-lo, em conjunto com umas poucas dezenas de pessoas. E fizemos isso, apesar de vivermos num país riquíssimo em diversidade cultural, mas que, paradoxalmente, não costuma valorizar honestamente seus valores culturais e artísticos. E agora retornemos ao começo deste texto, sobre ser ou não ser artista. E esqueça isso. "Artista é o caralho", diz a música do Rubinho Jacobina. E ponto final. Vai aqui o nosso carinho e muitas fotos do nosso Sesc Canta. Beijos e abraços a todos. Cantamos, espantamos nossos males e estamos felizes!!!