segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bass Family
Já está se tornando uma rotina escrever aqui sobre um espetáculo musical que aconteceu no final de semana. Sinal que a música tá rolando nesta terra. Coisa boa de curtir, depois ruminar e escrever. Não me canso de dizer que a musicalidade tá na alma do povo brasileiro e por aqui o movimento está cada vez mais forte e consistente.

Há dez anos e mais do que isso, em conversas com apreciadores e pesquisadores da música, era comum reconhecer a força musical de Campo Grande em Mato Grosso do Sul que, naqueles tempos, devemos concordar, tinha uma musicalidade mais pujante. Polcas, chamamés, limpa bancos e toda uma imensa gama da chamada música de fronteira, coisa que começa lá no Rio Grande do Sul e vem subindo pelas regiões fronteiriças brasileiras, e que são largamente difundidas nas cidades tupiniquins limítrofes e próximas dessas regiões, predominavam no estado vizinho, fazendo a cabeça e deleitando os ouvidos de todos.


Com a internet as percepções e influências musicais se multiplicaram no mundo inteiro. E Cuiabá parece ter se encaixado com louvor nessa de globalização. Estilos, gêneros, suingues, batidas, ritmos de tudo quanto é tipo a gente tem percebido por aqui. Sons que oscilam entre o experimentalismo e a incipiência, e sons que se mostram maduros, com uma robustez e uma qualidade que lhes assegura conquistar o mundo podem ser notados em diferentes gêneros musicais. E esta segunda característica foi o que percebi no domingo a noite no Teatro da UFMT.


Grande Grant
Ebinhooooooooooo

 Groove, prestidigitador  


O músico local Ebinho Cardoso, com o seu baixo, na companhia de mais dois baixistas virtuoses, o americano Grant Stinnet e o potiguar Sergio Groove, fizeram do corpo do público caixas acústicas, onde o som produzido achou espaço para reverberar solto e louco. Espantados? Foi isso mesmo! Prestidigitadores é a palavra que melhor define a performance do trio.
Ebinho é uma unanimidade no meio musical cuiabano. Durante a apresentação confidenciaram em alto e bom som que ele é um dos maiores baixistas do mundo!!!! Ainda não havia calhado de assistir uma apresentação sua e essa me surpreendeu pelo capricho. Uma  iluminação esmerada  (Hiald Iluminação)e a perfeita sintonia com o público propiciaram um resultado final redondinho.


“Bass Family” foi incrível. Sorte das 200, 250 pessoas que assistiram. Os músicos mostraram um domínio do instrumento e em muitos momentos parecia que o braço do baixo era pequeno ou fino demais, para a tamanha destreza. O baixo com seus sons e possibilidades pra lá de triviais, seu potencial percussivo, seus sons guitarrescos e toda a sorte de estripulias foram cometidas, fazendo a platéia se emocionar, se divertir, cantar junto etc etc etc . 


Gostei... Gostei demais. Boa... muito boa música! 
O próximo final de semana promete...

Não se esqueçam: 8 de abril, aniversário de Cuiabá, e 9  tem a Orquestra do Estado, no Cine Teatro Cuiabá com concerto inédito e lançamento do álbum "Berrante Pantaneiro". E viva o Pantanal!!!! Domingo, rola Mauricio Detoni com participação de Ebinho Cardoso e Estela Ceregatti, prometem detonar!!!!   







 

Um comentário:

  1. Também gostei do show.
    Gostei de trocar poucas e rápidas palavras com você.
    Grande abraço.

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