quarta-feira, 20 de abril de 2011


Do avião... a Baia da Guanabara
Era ao mesmo tempo bela e banguela a Guanabara. Uma definição poética-realística da baía mais famosa do Brasil. Talvez porque tudo neste país seja assim meio extremado. E cá estamos, em Botafogo. Eu com pais e filha e irmãos e sobrinhos; e a Fátima com filha, sogros, cunhados sobrinhos. Seio familiar. E a música do Caetano embalando pelo menos este começo de texto. Espero que não esteja presente o texto inteiro, porque não é pra ser bem assim, ou pelo menos não é o ideal... Ou não...

Favelas e mais favelas entranhadas numa selva de concreto, buzinas, alarmes, sirenes e o ruído infernal da urbe. Morros gigantescos e pedras, tudo entremeado, se avolumam neste singular relevo, o que faz desta cidade, única. Sua geografia acidentada, marca registrada. Daí, lógico, vem a comparação do Lévi-Strauss, citada na música do Caetano. A Baía da Guanabara, em toda sua imensidão, cercada por um revelo irregular, morro e pedra alto e baixo, parece mesmo uma boca onde falta um ou mais dente, ou só um toquinho de dente.


O Cristo e o ... 


Dona Santa Marta, da janela do quarto

O que dizer do carioca? Eu, como nasci em Niterói e tenho um passado cheio de laços com o pedaço (mas, me sinto mais cuiabano), gosto do povo carioca. Só que tem aquela história: gente boa tem em toda a parte. E filho da puta também. Puta também é gente e pári, na falta de uma explicação mais científica ou convincente em torno das diferenças entre os povos de cada cidade.


Na trilha do Parque Lage

Plantas e animais exóticos
 

Tubarões siameses


Gente cavernícula

Cenário cult

E vem aí o Dia do Choro, sábado (23), quando Valéria Del Cueto (blog) vai nos ciceronear num babado musical aqui no Rio, terra de Pixinguinha, que nasceu no finalzinho do século 19, no Rio, e morreu em 1973. No Rio. Pixinguinha morreu, mas virou projeto. E dá-lhe música. Tenho um amigo, o Juliano Yule, cuiabano que estudou no Rio e, se não me engano, foi ao enterro do grande músico.

Viemos ao Rio tipo a negócios de família. Mas claro que já tivemos acesso a pelo menos um programa turístico, um delicioso passeio pelo Parque Lage. Guiados pela Bibi, nossa parenta demais de próxima. Mais do que este blog, ela é nossa filha primogênita. Um parque dentraço da cidade com intensa vegetação, muitas árvores seculares. Cascatas, um pequeno aquário onde tem até um tubarão siamês, do qual nunca tinha ouvido falar, lógico. Acho que isso não tem no pantanal.   



Procurando no Rio antigo...
 
Nos arcos ...


O nosso Rio

Lá dentro, um prédio antigo abriga uma escola de artes plásticas e tem uma cantina. Uma paradinha. Uma aguinha, porque a azia tá batendo. Exagerei na torta de banana que a mama fez. Fato recorrente aqui.

"Nossos ídolos ainda são os mesmos..."


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