Assistir um concerto de música contemporânea não é o tipo de programa onde a disputa por uma cadeira, poltrona, banquinho, ou sei lá o que vai ser acirrada. Pergunte a um produtor cultural o que ele acha de viabilizar essa cena, comercialmente. Mas, o lançamento do livro e do CD de Teresinha Prada foi prestigiado.
Conhecimento é pra compartilhar |
Teresinha discursou sobre Gilberto Mendes, grande músico brasileiro, coroão, vanguardista cultural e politicamente falando, influenciador do trabalho da musicista. Ele nasceu em 1922, portanto, parente próximo da Semana da Arte Moderna, e do Partido Comunista, embrionário naqueles tempos. Ela explicou mais algumas coisas co-relatas. Depois mandou ver com seu violão.
A violonista, doutora, tocou as músicas do CD para a plateia que curtiu atenta. Alguns jovens compositores, outros mais experientes, viram suas peças executadas com emoção e técnica apurada.
O semeador |
Música contemporânea me faz lembrar pelo menos duas frases do Chacrinha: “Eu vim pra complicar, não pra simplificar” e “Quem não se comunica, se trumbica”. Não sei se as expressões estão reproduzidas aqui ao pé da letra, mas deu pra entender... Não deu?
Mais uma experiência musical inovadora. Por mais que sejamos familiarizados, com as artes musicais que vem de um Schoenberg ou de um Stockhausen, ouvir música contemporânea tocada e composta por gente que mora na mesma cidade que tem cururu, siriri, rasqueado, lambadão etc; soa diferente... Muito diferente. E diferente é bom!
A jovem Camerata da UFMT, regida por Murilo Alves, apresentou uma peça de Roberto Victório, com solo de Teresinha Prada. Victório era pura emoção. No final, bravo!
Camerata UFMT dando seu recado |
Murilo Alves na boca de cena |
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