segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O centro avante reserva do Fluminense, Rodriguinho, que foi o artilheiro do campeonato paulista deste ano, deve ser um cabeça de bagre autêntico. Digo deve ser, porque nós, torcedores, não temos condições de assistir a todos os treinos e tampouco sabemos das reais capacidades dos atletas dos nossos times. O que nos resta é confiar nos técnicos e acreditar nas escalações que eles apresentam.

Bom, Muricy Ramalho, técnico do meu Fluzão, é um grande estrategista do futebol brasileiro. Sua folha de serviços prestados ao São Paulo, por exemplo, time que dirigia antes de vir para o Fluminense, confirma tranquilamente suas qualidades como técnico. E se Muricy não tem escalado Rodriguinho, optando por Washington como titular, ao longo das últimas dez partidas, havemos de pensar que Rodriguinho é o ‘impossível’: pior do que Washington, o que só parece impossível, mas não é.

Alguém, que digo quem, não está com essa bola toda
No domingo passado (07/11), enquanto assistia Flu e Vasco, e meu time inexplicavelmente voltou a vencer (1 a 0), cheguei a conclusão que Washington deve estar vitimado por algum ‘congá’. Essa palavra é uma expressão muito comum aqui da nossa região, creio, mas nem sei se todos a conhecem. Deve valer por uma macumba, cubu, despacho ou coisas desse gênero.
Mas o tal do congá seria a única explicação cabível para esclarecer o jejum inabalável de Uóstu (como diriam os cuiabanos de chapa e cruz).

Ele continua se posicionando para fazer os gols que sempre fez e a bola chega aos seus pés, muitas vezes, nas condições ideais para estufar a rede do goleiro adversário. Isso tem acontecido pelo menos duas vezes por jogo, quando não, mais, mas necas de Washington lograr êxito. Suas conclusões têm se mostrado as mais estapafúrdias possíveis e chega a ser cômico algumas vezes, ver aquele sujeito grandalhão desperdiçar mais uma chance de correr para o abraço.

Daí, que acho que ele, enquanto Fred não volta, precisaria daquilo que vou chamar de apoio espiritual. Coisa que só um bom pai de santo pode e sabe resolver. Vocês podem achar que é gozação, ou brincadeira de minha parte, mas não. Pensem comigo e vamos recuperar a trajetória do jogador. Ele está longe de ser um grande craque e pelo jeito que toca na bola, às vezes sem demonstrar intimidade, já se percebe que não é mesmo nenhuma Brastemp. Mas sempre ‘compareceu’, mesmo com as limitações, marcando seus golzinhos e ajudando o seu time a prosperar na classificação e no sucesso. Mas eis que de uma hora pra outra, além de não fazer gols, já foi capaz de jogar contra o próprio patrimônio, marcando um gol contra.

Por tudo isso, e por algo que ainda temo que venha a acontecer nessas últimas quatro partidas do Campeonato Brasileiro, venho por meio deste, afirmar com toda impotência de meus calejados pulmões nicotinados: fizeram congá para o Washington.


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