Fala que eu te escuto (sic) |
Rosi Pando e Meire Pedroso |
Com elas participamos de vários “happening” culturais, especialmente nos palcos. Pelo menos em duas peças fomos parceiros e aprontamos: “O Capote”, uma adaptação livre de texto de Gogol, e “As Águas Vão Rolar”, peça que concebemos sob encomenda para comemorar os 40 anos da extinta Sanemat. Impossível não citar Chico Amorim, um dos maiores artistas que Cuiabá já gerou, dono de um conhecimento que oscilava livremente entre a erudição e as novelas televisivas.
Cuiabá de Capote?, com Gogol |
Lorenzo e Meire em "As águas vão rolar..." |
Eu estava num ambiente cultural, provavelmente o Palácio da Instrução e eis que sou flagrado por uma equipe que fazia um vídeo por ali. Um sujeito, que imagino quem seja, mas não apareceu claramente no sonho e que comandava o vídeo, me incumbiu de expor meus conhecimentos sobre mitologia. “Você vai falar sobre Caronte”, ordenou. Eu disse que nem me lembrava quem era Caronte. E ele explicou que era uma espécie de escravo, que se envolveu com uma princesa e que seu busto estava esculturado numa nau que singrava os mares... Achei estranho, improvável, mas disse... “Ah, então tá”. É engraçado que, no sonho, eu não me lembrava de quem era Caronte. Mas o sonho prosseguiu e eis que me encontro com Chico, ele numa canoa, com uma moça novinha linda, negra e analfabeta. E o sonho acabou.
Acordei e aí me lembrei de Caronte, o barqueiro dos mortos, que atravessava as almas pelo rio Aqueronte, que delimitava a região infernal. Mas Caronte só atravessava os mortos que estivessem com uma moeda sob a língua (como era costume dos gregos), com a qual, pagavam sua travessia. Se não pagassem, ficariam no limbo e voltavam para assombrar os vivos.
Shi..... |
um dia quero sonhar "bonito" como você. Mas pra isso acho que ainda vou precisar me emaranhar um "bucado" nas redes culturais deste mundão...!
ResponderExcluirum dia quero ter a poesia de quem não é Tom Jobim, mas relembra os versos dele com tanta melancolia que é como se emprestasse parte de sua alma pra si!
mas mesmo não tendo nascido em 1958, dos motivos que me orgulho, estão os conhecidos nem tão próximos, mas verdadeiros e inspiradores que tenho - assim como você.
Engraçado como nostalgia não tem idade, uns vividos, outros nem tanto, e dentro parece não precisar idade pra saber o que é saudade e deleitar-se com os reencontros.
beijos, querido Lorenzo...um dia a gente se reencontra direito dentro desta Cuiabá...! hehe! Enquanto isso, adoro estar perto de você através dos seus textos.