domingo, 13 de novembro de 2011

Chapada dos Guimarães, é tudo de bom!

As aventuras de um blog passarinho em Chapada dos Guimarães. Pano pra manga, manga perpitola, amarelinha que a gente fica aguando por ela, lá no alto da mangueira. Que as mãos, não ousam tocar. Nada como um passeio no fim de semana. Um lugar mais fresquinho e tranquilo... merecemos. E dá gosto registrar aqui.

Nem teve banho de cachoeira ou passeio bucólico. A rodovia de acesso já nos deixa com cara de paisagem. E que festa é jogar conversa fora com as amizades antigas, que décadas de relação cristalizaram. Pra não dizer que ficamos só de boa prosa fiada, teve aquela andação básica pela cidade.

A Flor do Cambambi é de Água Fria, distrito a quase 40 quilômetros de Chapada. Dançou bonito, arrancou muitos aplausos e gente fotografando e filmando. A expressão Cambambi, ao que tudo indica tem origem no continente africano e pelo jeito já se enraizou, a África também é aqui. Diferente do siriri dançado aqui rio abaixo, o siriri do Cambambi é mais suave. Alguém disse “o da baixada é mais fogozo”. E é verdade.  “Uma vez vi um grupo lá do São Gonçalo dançando, uma dançarina rodou e rodopiou tanto que desmaiou: fincô e virô”... Essa eu vi.  
Destino, o Pomodori. Local para onde estão convergindo eventos que re-inventam a cidade. O lançamento do catálogo “Siriri Flor do Cambambi”, com apresentação do grupo que já tem 44 anos de estrada. A publicação, da Carlini Caniato Editorial, traz um texto bonito, emocional, que fala da trajetória do grupo, assinado por Emyle Daltro. Fotos de Edilon do Carmo, Raimundo Reis, Izan Peterle, Mário Friedlander e Daniel Pellegrim ilustram o catálogo, que também teve a participação de Regina Márcia Fernandes, integrante do Cambambi.






Rolou ainda a exposição de Daniel Pellegrim, artista plástico e ativista cultural, que assume as influências de Wladimir Dias Pino e o homenageia, viajando pela sofisticada obra desse carioca cuiabanizado.


Márcia da Flor, Pellegrim e Léo


E o nosso sabadão terminou em pizza, no bom sentido e em boa companhia.     

Valéria, Alzira, Elianne, Antonia, Mauricio,
Louriza, Fátima, pratos e copos... aguardando.

Domingo de manhã, caminhada pelas ruas da cidade. O Tyrannus, como bom passarinheiro, é observado por diferentes espécies de bípedes emplumados. Alguns nem aí para a proximidade, outros mantêm certa distância. O parapeito da sacada de um sobrado é mais seguro. Além desses seres alado, novas amizades: uma rara huski siberiana, de cor branca, olhos azuis clarinhos, esbanja charme para nossas fotos. 

"Andorinha lá fora está dizendo: passei o dia à toa" 
 (Manuel Bandeira)

"Fogo apagou": evite queimadas


Coruja, ah, ah, ah... procure ser amável com alguém  


Entra no roteiro a Sala da Memória e partimos pra lá. Imagens e objetos que contam parte da história da cidade mato-grossense, que já foi o maior município do mundo.






Espia, Garcia Neto e Lúcio Costa

Sigam esse cara...
 E o domingo é premiado: a visita, o conhecimento e alguns dedos de prosa com “seo” Tute, morador da área rural de Chapada. Chegou de mansinho, em sua bicicleta em nosso paradeiro secreto. Ele é fazedor de violas de cocho, pilões, gamelas etc... Encomendaram-lhe logo três colheres de pau. “Porque que seu apelido é Tute?”, indago, depois de saber que seu nome é Nelson Moreira. “Mexo com música desde guri e ficava batucando tute, tute, tute”. Depois, empunha a viola mostrando sua intimidade com o nosso alaúde do cerrado. Que beleza!!!






E Bela... com a pulga atrás da orelha
Seu Tute tem linguajar próprio. Responde ao dono da casa, quando este lhe diz pra ficar a vontade, que a casa é sua: “Reconheço”.


Voltando...

Um comentário:

  1. oh Fatima.....lendo o texto a nostalgia toma conta .....em dezembro passo o Natal em Cuia, com os filhotes na casa de Val, e com certeza vivenciarei a nossa eterna Chapada ....obrigado por re-viver minhas lembranças !!!!

    ResponderExcluir