quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Estressante e interessante mundo das artes


 Mac Nit: Arquitetura explodindo em flor
Férias deixam a gente estressado. Descobrimos que estamos nos estressando por conta da busca frenética de livros, de filmes, de peças de teatro, exposições...

Desde que deixamos Cuiabá estamos procurando livros do Marcelo Mirisola. Verdadeira peregrinação nos aeroportos de Brasília, do Rio, de Foz do Iguaçu, Porto alegre e até em Gramado procuramos. Em algumas livrariaso nome do autor causava enorme estranheza entre os atendentes. Mas não esmorecemos na busca. Até encontrar o escritor, compramos dois do Dalton Trevisan ("Chorinho brejeiro" e "Desgracida") que estão sendo devorados avidamente. Finalmente, encontramos em Niterói "Memórias da sauna finlandeza". Obaaaa! mas tem gente querendo muito um exemplar de "Fátima pintou as unhas pra mostrar na choperia", porque será, hein?????




Por falar em Niterói, a arte contemporânea mostrou-se uma perseguidora implacável nesta breve temporada carioca do Tyrannus. Conhecer a obra de Oscar Niemeyer é indispensável. A partir de uma estrutura central, a arquitetura se expande como flor.






A imagens e a energia que o Museu de Arte Contemporânea nos cravou hão de ficar pra sempre conosco. É uma nave espacial? É uma taça gigante? Uma flor? É obra divina assentada em penhasco beira-mar? Sei lá... É o tipo de lugar que merece/precisa ser visto com os próprios olhos. Não é uma visita cansativa. O espaço amplo e a forma como a arte está disposta passa sensação de candura. Tivemos a impressão que o excesso de informação destes tempos, algo que pode ser associado à arte contemporânea, foi um contraponto sob medida para a ambiência espaçosa e saudável do MAC. Arte sem stress. É isso aí.


Obras do magnífico Edmilson Nunes (Col. João Sattamini)


E Niterói... bem, Niterói, terra dos papa-goiabas, é o chão natal de um dos escrevinhadores deste blog. Sem querer ser cafona, e já sendo. Mas, passear pelo bairro de Icaraí remexeu as lembranças da primeira infância, foi mais engraçado que emocionante. Fugir do humor que permeia nossas vidas... Pra quê? Onde havia antes uma casa há um prédio; noutro onde havia antes uma casa, outro prédio; e assim sucessivamente. Onde havia uma praia boa pra banho, mar sujo com águas impróprias pra salgar o corpo.

Arariboia: herói

Veneza 73 endereço da infância 


Niterói, Icaraí e Araribóia formam um tríptico pendurado na parede da memória e a lembrança é um quadro que dói nada. Recordar é viver.
Voltando ao stress, ele surge maneirinho aqui no Rio entre dúvidas, buscas e opções culturais. Porque uma vida totalmente desprovida de stress, convenhamos, ninguém merece. Estamos com ingresso para assistir a peça "Criados em Cativeiro", montagem de Jefferson Miranda a partir de texto de Nick Silver, autor vanguardista americano, o mesmo de "Pterodactilos", peça que fez sucesso no ano passado. O que pega é que Bárbara Heliodora, crítica de teatro respeitada, "lenhou" a peça que tem três horas de duração. Mas estaremos lá, de preferência, sentadinhos em poltronas lá no fundo, porque uma retirada antes do espetáculo findar tem que ser estratégica, apesar de que mesmo assim é constrangedora.




"A pele que habito", "O garoto da bicicleta", "Um conto chinês", "Medianeira...", "Inquietos", "Amor a toda prova" e mais alguns filmes estão em cartaz pela cidade. Quais são os que vamos assistir ao longo destes dois últimos dias que ainda temos aqui? É muita preocupação... é demais!!! Puxa vida, o prazo regulamentar já está se esgotando e ainda tem a praia, o mar, onde rolou só um mergulho até agora... Assim não dá. Com a permissão e o perdão de todas as pessoas queridas que passam por aqui... estamos fudidos. No melhor dos sentidos!!!


Vista de Niterói (Icarai)

Observação: as imagens deobras de artes aqui registradas foram autorizadas pelo Museu de Arte Contemporânea de Niterói e pela prefeitura dessa cidade.

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