É bom ficar com um olho no gato e outro no peixe |
Andar de ônibus, fora dos horários de pico, tem sido uma diversão, um relax, para mim. Essas viagens urbanas, estão entre minhas fontes de inspiração. Cada percurso é uma crônica em potencial. Acho que é por causa do movimento, da locomoção. A palavra escrita, neste mundão audiovisual, com ação pra tudo quanto é lado, precisa de umas sacolejadas, solavancos e de “um certo” movimento, pra sair.
Gosto de andar de ônibus e de metrô também. É melhor ainda. Mais me sinto assim um pouco tatu – ou jeca tatu mesmo, nesse meio de transporte, que não existe aqui em Cuiabá.
Em Londres é underground o metrô. Acho chique chamá-lo assim (mas que quer dizer a mesma coisa “debaixo do chão”). Em várias outras cidades da Europa ele é conhecido como metro (será que tem a ver com o cumprimento?). No Rio de Janeiro, há vários anos, com meu filho, fomos tomar o metrô e lá na espera disse pra ele dar sinal pro ‘trem’ parar. Uma senhora que estava ao lado não agüentou e caiu na risada. Ele, claro, não gostou nada. Não acha graça das minhas brincadeiras sem graça.
Tango em Lisboa |
Pegar o metrô num país aonde você não domina a língua e a moeda é outra requer certo esforço mental. Nem sempre as máquinas de auto-atendimento possibilitam um diálogo claro. Aí é hora de a gente pedir ajuda. Hora de soltar o “can you help me?’... Em toda parte por onde andamos pedimos ajuda e sempre formos socorridos, com muita gentileza. Em Paris, já meio tarde da noite, um jovem que vinha apressado e era a única alma por ali, nos ajudou a comprar as passagens e ainda nos orientou. Agradecemos, olhou-nos com uma expressão de quem perdoava o tempo que lhe tomamos. E subitamente pulou a catraca.
Janela indiscreta |
Outro acontecimento curioso foi numa estação, em Lisboa. Meu cartão, que eu tinha acabado de recarregar, desmagnetizou bem na hora de passar pela roleta, fiquei meio naquela sem saber o que fazer. A estação também estava vazia, mas eis que surge um sujeito todo descoladão, passa pela catraca e a mantém aberta me chamando para eu também passar. Um gesto simples, mas que na hora quebrou o maior galho.
Descemos até a plataforma numa conversação solta com Barnaby Hall, um fotógrafo experiente, cujo trabalho ilustra esta postagem . Disse que se chamava Barnabé, adaptando seu nome para a língua portuguesa. Seguimos viagem com ele dentro do metro. Entramos no site do Barnaby e apreciamos suas belas fotos, lá mesmo em Lisboa.
É o amor... |
- “Ola!
yes - o metro do Lisboa.
Encontraron seus amigos em Cais Soudre?
Não tem problema de utilisar imagems, ok?!
Abraços
Barnaby”
yes - o metro do Lisboa.
Encontraron seus amigos em Cais Soudre?
Não tem problema de utilisar imagems, ok?!
Abraços
Barnaby”
De boa, nos cedeu as foto que estão nesse artigo. O site do cara, para quem quiser ir lá conferir, tem fotos de várias partes do mundo por onde ele já passou, incluindo algumas incríveis do Brasil. O cyber do cara é barnabyhall.com. Um grande abraço ao mister Barnabé e que ele continue clicando por esse mundo vasto mundo.
É a arte |
ola! Muito nice o seu blogspot. Obrigado
ResponderExcluirBarnaby