Vazamento incomoda... |
Este cyber espaço enxaqueca, dizem, na web, foi fundado por dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos da Europa e de países como os EUA, Taiwan, Austrália e África do Sul. O australiano Julian Assange, jornalista e ciberativista é o diretor do WikiLeaks. No último dia 30, poucos dias após uma postagem barra pesada, a pedido da justiça da Suécia, a Interpol distribuiu em 188 países, uma notificação vermelha, colocando Assange como procurado pela polícia, por causa de uma acusação de abuso sexual contra duas mulheres na Suécia.
Olhar frio e cortante de Assange |
É curioso saber que o WikLeaks recebeu vários prêmios para novas mídias, incluindo o New Media Award 2008 da revista The Economist. Em junho de 2009 faturou o Media Award 2009 (categoria "New Media") da Anistia Internacional. Em maio deste ano o site foi referido como o número 1 entre os "websites que poderiam mudar completamente o formato atual das notícias".
De cyber pensador premiado e revolucionário, Julian Assange agora é o vilão, procurado pela Interpol, por assedio sexual. Me faz lembrar aquele bordão de um antigo programa humorístico: ‘não precisa explicar, eu só queria entender’.
Da provável fonte do WikiLeaks, o soldado americano, de 22 anos, preso desde maio o comentário: “Deus sabe o que acontecerá agora. Espero que haja uma grande discussão mundial, debates, reformas”. Representantes do Partido Republicano, pedem a condenação à pena de morte.
Nesta altura dos acontecimentos cabe lembrar a antiga teoria sobre a Indústria Cultural, muito badalada no final dos anos 40, especialmente pelos filósofos e sociólogos alemães Theodor Adorno (1903-1969) e Max Horkheimer (1895-1973), da Escola de Frankfurt. O conceito de Indústria Cultural veio para definir a conversão da cultura em mercadoria e da utilização de veículos como televisão, jornais e rádio – naqueles tempos não tinha a internet – pelas classes dominantes, com o objetivo de disseminar suas ideias conformistas e manipular a população. Já ouviu essa história, ô meu?
Theodor Adorno: pensador e o espelho do futuro |
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