Labuta pantaneira |
Sujeito doido esse Izan. Lá pelos anos 70, passou no vestibular e como prêmio lhe ofereceram um fusca, maneiro. E ele optou por uma câmera fotográfica bacana, em vez do automóvel. Sujeito doido mesmo esse cara. Louquinho da Silva, por fotografia. Se tivesse ficado com o fusquinha, não sei o que teria dado, mas sua opção desvelou esse tremendo talento. Só sei que como fotógrafo vem nos apresentando muitos mundos, coisas bonitas, diferentes. Tanto faz o que fotografe, seja em cores, seja em preto e branco, o resultado traz sempre aquele algo mais que a gente vive procurando nas fotografias.
Ele fotografa desde 1975 e é um dos mais regulares colaboradores da National Geographic Brasil. Nasceu gaucho, se não me falha a informação, mas vive por aí. Tem um pé em São Paulo e outro em Chapada dos Guimarães.
Seu blog linkado à National Geographic apresenta uma recente aventura fotográfica em uma fazenda em Poconé, município pantaneiro, acompanhando a vacinação de duas mil cabeças de gado. Um primoroso trabalho em preto e branco que me levaram a recordar os requintes com os quais Caravaggio trabalhava o contraste claro-escuro em sua arte na passagem do Século XVI para o XVII.
A vocação de São Mateus (Caravaggio) |
A vocação do pantaneiro (Izan) |
Observar, viajar pelas lentes de Izan, aliás, puxa a memória nossa de cada dia para o terreno das artes plásticas. O gado que ele fotografa parece ser meio emparentado com os bois que Humberto Espíndola concebe.
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