Brasília tem uma cara que é só dela. Percebemos e vivenciamos o comportamento e atitudes das pessoas e seus registros. A capital brasileira, apesar da pouco tempo, tem uma trajetória muito bacana, que vem sendo construída por pessoas envolvidas e dispostas a fazer parte dessa história.
Sabíamos que o nosso último dia acompanhando o Festival de Brasília ia ser intenso, mas superou todas as nossas expectativas e fomos surpreendidos a medida que as horas passavam. Começamos com uma palestra sobre a estética audiovisual para celulares, feita por um especialista. Os números são surpreendentes: há mais usuários de telefonia móvel do que brasileiros, no Brasil (obvio!). A nova mídia mostra sua força e seu potencial. Impossível escapar da tecnologia. Bom, depois que já estão experimentando “chipar” o cérebro humano para captar imagens dos nossos sonhos... esperar mais o quê??????
Depois, um passeio pela cidade com o Nicolas Behr, poeta arroz de festa em Brasília. Caminhando com ele pelas espaçosas avenidas, toda hora ele era espreitado, abordado e saudado. Sujeito engajado. Ele conhece a cidade e sua história como a palma da mão (árvores, sua gente, seus points). Com esse conhecimento pinta e borda sua poesia realista e bem humorada.
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Igreja N. Sra. Fátima, 1ª do DF |
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Pequizeiro na superquadra |
Com ele fomos conferir um movimento contra a corrupção onde uma galera, em pleno Eixinho (acessível somente aos pedestres e veículos não motorizados, aos domingos), curtia pintando faixas e vendendo camisetas divulgando a Marcha Contra a Corrupção – voto aberto/ficha limpa, que vai rolar no próximo dia 12 em todo Brasil. Mais informações no www.movimentocontraacorrupção.org.br. E de lá fomos bater um rango no Beirute, restaurante tradicional da cidade, fundado em 1964.
À tarde, direto para o Cine Brasília. Acompanhar mais filmes, conversar com pessoas e buscar novidades. Assistimos ao documentário “Rock Brasília – Era de Ouro”, de Wlademir Carvalho, filme emocionante. Choramos até ficar envergonhados. Com uma delicadeza impressionante, Carvalho montou seu longa dechavando entrevistas espontâneas e muitas imagens de arquivo.
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Equipe (parte) e diretor de Rock Brasília |
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Euforia coletiva com Rock Brasília |
A partir da trajetória de bandas como Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial, Wladimir esbanja seu talento para contar histórias, associando rock’n’roll, política, família, engajamento etc. Interessante é que o filme conta a história do rock de Brasília de uma forma cronológica que faz com a gente se sinta inserido, como se fora a também a nossa história. O filme começa com muito humor, torna-se tenso a partir da sua metade e termina num raro tom emocional. Ficamos embasbacados e felizes por obra tão bonita e tocante. Um documentário imperdível. O público ovacionou, gritou, berrou, rock’n’roll.
Outra arte do encontro que o Festival me propiciou: reencontrar uma amiga, papabanana, radicada em Brasília há vários anos e que ajudou a cuidar deste blogueiro quando criança. Até ai, legal!!! Acontece que Terezinha da Mata, ou melhor Gii, como a conheço, para minha surpresa, estava no elenco do curta “Deus”, de André Miranda. Negra e bela Gii é requisitada para filmes e peças publicitárias, pelas produtoras brasilienses. Emoção e alegria rever Gii e sua filha, Gisele.
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Gii, Lorenzo e Gisele |
O Festival ainda está rolando. Termina nessa segunda, quando serão anunciados os vencedores de 2011. Foi um grande prazer estar aqui. Muita gente jovem, interessante, fazendo deste festival o melhor do Brasil.
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Joel Barcellos, o "astro" |
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Tietagem da braba. Baba baby |
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Esse é nosso!!!! |
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