terça-feira, 25 de outubro de 2011

A gente não fomos

Cuiabá é assim: quando chove, entra água no programa. E mela. Bastou a chuvarada da tarde dessa terça para os planos irem por água abaixo: não fui ao Cinemato, o Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá, que emplaca sua 18ª edição. Tinha planejado assistir ao novo filme da Tata Amaral, “Hoje”, com a Denise Fraga. Me disseram que elas estariam na plateia. E a passagem pelo festival, logicamente, se tornaria um assunto a ser desenvolvido neste post. Mas quá!

Cheguei a sair de casa e pegar o ônibus. Aí o pé d’água. Com o aguaceiro, não dá pé, porque o trânsito, já sabe... Resolvo descer pra pegar um táxi, pra não chegar atrasado ao ensaio do coral. Ao descer do coletivo e atravessar a movimentada avenida em busca do táxi, percebo que chuva está molhando pra valer. Meio ensopado, mas isso não tem problema. O ruim mesmo é o tênis encharcado. Merda...
Falando em cinema: mais erotismo que os pés de Lolita, não há!

Tudo sai como o não planejado. Barriguei o Cinemato, quem sabe amanhã. Me ponho a pensar em como a gente costuma subestimar essa parte do corpo, a nossa base. Os pés. O desconforto que me causou o fato de estar com o pisante e a meia molhados, e que eles nãos e secariam como a calça e a camiseta (que já estavam secando), foi o suficiente para cancelar a esticada até o festival. “Mande o meu abraço pra Denise Fraga...”, sugiro a uma amiga que ia pro Cinemato.

Tata e Denise

Voltemos aos pés. A primeira coisa que me vem à cabeça é o livro da Fernanda Young, que nunca li, mas acho interessante o título: “Vergonha dos Pés”. Sei que muitas pessoas sofrem disso: essa vergonha dos pés. Chato né...?! Pé chato também. Mais do que chato, doloroso, é um sapato apertado. Quanta gente não sai por aí e sofre, mas mantém a pose, mesmo que o sapato aperte tanto, que até a alma fica doendo.



 E se o sapato é maior, problemas não faltam. Pode ser um calo no calcanhar ou naquele osso do joanete. E tem aquela história de que o pé fica dançando (ou nadando) dentro do sapato e o pé fica “cansado”. Pé também cansa, gente. Uma mulher com sapato de salto alto é algo pra ser apreciado com gosto, quando há a elegância. Sempre valorizo esse lado feminino, o de sofrer se equilibrando num salto. Algumas dizem que nem se incomodam em usar salto, mas acho que não é possível. Tem uma lasquinha de mentira nisso aí.

Chuva em Cuiabá (Rodrigo Vargas)

Pé de valsa, pé de garrafa, pé de vento, pé fofo, pé na tábua, pé de pequi, ponta de pé, pontapé, pé de mesa, pé de pano, pé de ouvido, pé direito, pé de pato, pé sujo, pé na bunda, pé quente, pé frio, meu pé de laranja lima e basta... Forçando a barra, pé de pra acabar com essa conversa... ao pé da letra, fim!!!      



    

E nenhuma nota de rodapé.

2 comentários:

  1. Se for no festy Movie de Xapa e + manda uma nota bem humorada aqui "prá nóis ler, daí..."!!! Vou me imaginar lá, daqui dos meus 360km de distância!!!Bj

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  2. Adoreiiiii essa matéria + as fotos de Cuia

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