"Cachorro é um ser humano como qualquer outro" (Rogério Magri) |
O velho de Gaulle, ex-presidente francês, irritadíssimo com o Brasil, na década de 60, não aguentou e tascou: “O Brasil não é um país sério”. Bateu duro. O motivo era o conflito diplomático por causa da pesca da lagosta e de outros crustáceos. “Assim começou a tragédia no fundo do mar”. Mas a coisa foi feia, segundo lemos na internet. E a frase sobre o Brasil que, convenhamos, ainda não se mostra um país tão sério, martela até hoje. Foi um desabafo e, ao mesmo tempo, uma ofensa ao Brasil.
"90% dos políticos dão aos 10% restantes uma péssima reputação." (Henry Kissinger) |
Besteira mesmo, foi o que disse Maria Antonieta, rainha da França durante 15 anos: “Se não têm pão, que comam brioches”. A frase foi uma afronta aos plebeus franceses e foi o estopim para a Revolução Francesa. É assim que funciona. Expressões mal colocadas de quem tem poder político, também têm poder explosivo. Ou implosivo, podem arrebentar o próprio autor.
Dois irmãos americanos, Ross e Kathryn Petras, lançaram uma obra que agora saiu em português, “Livro das Maiores Besteiras Já Ditas”. Essa vertente vem sendo explorada pela dupla desde 1993. Algumas publicações já rolaram e foram bem vendidas, mas, nesta última, eles compilaram as abobrinhas em lista de “As Dez Mais”, separando por categorias.
"Os políticos e as fraldas são semelhantes, possuem o mesmo conteúdo." (Eça de Queiroz) |
Alguns brasileiros foram contemplados, um deles o FHC, ex-presidente, escritor e intelectual, que já fumou maconha, mas não tragou. Ele figura na categoria “Coisas Mais Inacreditavelmente Irritantes Ditas Por Pessoas Ricas”. Em 1998 FHC deixou escapar esta profundidade: “Vida de rico em geral é muito chata”.
"As grandes nações sempre têm atuado como assaltantes, e as nações pequenas como prostitutas." (Kubrick) |
Outro ex-presidente, João Batista Figueiredo, também se fez presente com: “Vou fazer desse país uma democracia, e se alguém for contra eu prendo e arrebento”. A frase faz parte da categoria “Mais Idiotas Repetições Ideológicas”. Em outra categoria, “Desculpas Menos Convincentes e Explicações Que Não Colam”, está o inesquecível ex-deputado João Alves que, diante de um CPI em 1993, explicou o seu estranho enriquecimento da seguinte forma: “Fácil. Ganhei tudo na loteria. Ganhei 123 vezes nos últimos dois anos”.
Ronaldo Nazário, ex-craque, hoje meio quase cartola, nos seus tempos de jogador, soltou uma frase emblemática ao explicar uma derrota: “Perdemos porque não ganhamos”. Foi parar na categoria “Não Dá Pra Discutir com Estas Declarações”. A maior parte das frases é de autoria de personalidades americanas. Ainda não tivemos acesso ao livro, mas fazemos pelo menos uma exigência. A obra estará incompleta se lá não constar a maravilha semântica expressada pelo nobre George Bush: “Nossos inimigos são inovadores e engenhosos, e nós também. Eles nunca param de pensar em novas maneiras de prejudicar nosso país e nosso povo, e nós também não.”
"É pro Fantástico?" (Itamar Franco) |
Por falar em ex-presidente, vai uma braba aqui do Lula... Essa ele disse sem saber que os microfones estavam ligados, em plena campanha eleitoral: “Pelotas é cidade pólo, né? Exportadora de viado”. E assim vamos fechando o post. Melhor, ele permanece em aberto, porque besteiras e abobrinhas sempre são bem vindas neste blog, que é sério ou que quer ser ou que definitivamente não é sério.
"Queen Elizabeth Taylor." (Primeiro ministro tailandês, Banharn Silpa-archa, referindo-se a rainha inglesa) |
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