Final de semana e decidimos pela reclusão
absoluta em casa. Tanta coisa a fazer... e, acaba por não fazer. Ah! isso sim é
que é final de semana. Flutuando nas águas do descompromisso, literalmente a mercê
da preguiça e deixando se levar pelas circunstâncias que sucederem. Livros pra
ler, buscar músicas e cifras na internet pra arranhar o violão... Aí, numa certa
hora dá uma vontade de ver um filminho e bate a loucurada à procura de algo que
nos interesse. Mas não foi fácil assim.
Creio que os deuses tramavam a nosso favor e o impensado nos foi ofertado. Surgiram dois filmes, do nada. “Amarcord” (1973), obra prima de Federico Fellini, e “Tiros na Broadway” (1994) de Woody Allen.
Amarcord |
Don't speak, don't speak |
John Cusack e Chazz Palminteri em "Tiros..." |
Dias atrás vimos um filme que na época gostamos muito e comentávamos a história, os personagens engraçados... Acontece que ele envelheceu. Sei lá, as coisas mudam, as pessoas mudam e alguns filmes perdem o viço, a graça. Mesmo filmes de grandes diretores incorrem nessa possibilidade. Alguns filmes do Allen, por exemplo. Por instante passou um temor pelas nossas cabeças: “Meu Deus do céu, será que pode acontecer com Amarcord?”. Bobagem, ledo engano.
O adolescente sufocado pela mulher gorda de seios colossais, o velhinho músico e cego que pede para que lhe expliquem como é o magistral transatlântico, o tio biruta que sobe numa árvore e não quer descer. Essas e outras cenas estão entre os encantamentos guardados na memória. Já valeriam a pena, caso o filme, como um todo, não nos balançasse tanto. Mas ainda tem a maravilhosa música de Nino Rota, autor da maior parte das trilhas de Fellini.
Já quase por encerrar o domingão, eis que se apresenta a curiosa possibilidade de rever “Ed Wood” (1994), de Tim Burton, com Johnny Depp, que conta a história do pior cineasta de todos os tempos. Ôpa, Tim Burton... Que azar, filme dublado!!! É, os deuses já se deram por satisfeitos e... foram descansar.
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