domingo, 5 de fevereiro de 2012

Esse filme... já vi!

Final de semana e decidimos pela reclusão absoluta em casa. Tanta coisa a fazer... e, acaba por não fazer. Ah! isso sim é que é final de semana. Flutuando nas águas do descompromisso, literalmente a mercê da preguiça e deixando se levar pelas circunstâncias que sucederem. Livros pra ler, buscar músicas e cifras na internet pra arranhar o violão... Aí, numa certa hora dá uma vontade de ver um filminho e bate a loucurada à procura de algo que nos interesse. Mas não foi fácil assim.

Creio que os deuses tramavam a nosso favor e o impensado nos foi ofertado. Surgiram dois filmes, do nada. “Amarcord” (1973), obra prima de Federico Fellini, e “Tiros na Broadway” (1994) de Woody Allen.

Amarcord


Don't speak, don't speak


John Cusack e Chazz Palminteri em "Tiros..." 

Dias atrás vimos um filme que na época gostamos muito e comentávamos a história, os personagens engraçados... Acontece que ele envelheceu. Sei lá, as coisas mudam, as pessoas mudam e alguns filmes perdem o viço, a graça. Mesmo filmes de grandes diretores incorrem nessa possibilidade. Alguns filmes do Allen, por exemplo. Por instante passou um temor pelas nossas cabeças: “Meu Deus do céu, será que pode acontecer com Amarcord?”. Bobagem, ledo engano.





Amarcord, filme autobiográfico desse gênio, continua mais lindo do que nunca. Amarcord remete a “eu me lembro”, lá na região da Itália, onde Federico nasceu e passou parte da sua vida, antes de começar a encantar o mundo com a magia de seu cinema. E que cinema. A boniteza que um final de semana precisa ter e que alimenta nossas almas, graças a Fellini, continua intacta.





O adolescente sufocado pela mulher gorda de seios colossais, o velhinho músico e cego que pede para que lhe expliquem como é o magistral transatlântico, o tio biruta que sobe numa árvore e não quer descer. Essas e outras cenas estão entre os encantamentos guardados na memória. Já valeriam a pena, caso o filme, como um todo, não nos balançasse tanto.  Mas ainda tem a maravilhosa música de Nino Rota, autor da maior parte das trilhas de Fellini.

Já quase por encerrar o domingão, eis que se apresenta a curiosa possibilidade de rever “Ed Wood” (1994), de Tim Burton, com Johnny Depp, que conta a história do pior cineasta de todos os tempos. Ôpa, Tim Burton... Que azar, filme dublado!!! É, os deuses já se deram por satisfeitos e... foram descansar.



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