Trey Parker e Matt Stone, criadores da animação preferida |
Depois de overdoses de séries (house, law & order, csi, criminal minds, friends), eis que o repertório esgotou-se. A frequência de episódios repetidos começou a ficar alarmante e decidimos dar um tempo. Mas... mas... o que fazer na hora de migrar da sala pro quarto? Zapear, zapear, zapear, oras bolas...
Não sabemos como é que funciona em sua casa, mas aqui em casa, filme de arte, filme cabeça ou filme cult, vá lá... a gente assisti na sala. Porque no quarto, essa cinematografia tem o mesmo efeito que a literatura faz pro ex-presidente... dá um sooooono!!!
Opa opa... deixa aí, nesse canal. As animações que rolam na TV ao público adulto são críticas sociais e políticas extremamente ácidas. De maneira que curtimos muiiiito. Elas passam ao largo do politicamente correto. Simpsons, Uma Família da Pesada, American Dad... Já viu? Se ainda não, pule essa parte e vá direto à preferida nossa e do resto do mundo, aquela a qual dedicamos nossos bocejos e suspiros nos derradeiros momentos notúrnicos (isso quando não faz efeito contrário). Estamos falando de South Park.
Os Simpsons |
Uma família da pesada |
American dad |
O estilo originado de animação de recortes assegurou as formas básicas, sem detalhes e com as cores primárias suficientes para criar (com linhas retas, quadrados e círculos) os personagens centrais, Eric Cartman, Stan Marsh, Kyle Broflovski, Kenny McCormick, 4 estudantes da quarta série, suas famílias, a cidade e a sociedade de “South Park”, além de figurações inusitadas. O movimento segue um padrão diferenciado e os roteiros de cada episódio tripudiam, sem a menor cerimônia, em cima dos mais variados temas sempre atuais. Até o constrangimento pinta, às vezes. Nenhuma instituição, celebridade, político e clichês escapam da satirização ácida e ferina deste programa, sucesso desde sua estreia em 1997.
Keny, Kyle, Eric e Stan |
Além dos amiguinhos, que se envolvem em problemas adultos e improvisam sem amarras para se safar, há personagens mais velhos como um professor que fez cirurgia de troca de sexo, um policial analfabeto, o cozinheiro bom camarada, a prefeita e os familiares dos protagonistas. "Foda-se pai...", diálogo comum na série.
O humor escatológico está em quase todos os episódios. É o caso de Mr. Hankey, um coco personificado que aparece sempre no natal com sua família, uma mulher alcoólatra e três filhos (o caçula tem problemas mentais pois nasceu com um amendoim grudado na cabeça). Episódios hilários como a disputa entre o cantor Bono e o pai de um dos meninos, para ver quem iria para o livro de recordes por fazer o maior coco do mundo; a revolta de religiosos contra o combate a pedofilia; canalhices; racismo; falsidades; hipocrisia; preconceito e tudo mais que há de podre no reino da Dinamarca e na espécie humana estão no conteúdo desta animação que pratica um humor que beira algo patológico.
Mr. Hankey e família |
Não ouse deixar seus filhos pequenos assistirem a South Park, antes de dar uma bicada. Pode ser que você opte em considerar aquele clichê muito em voga: "tire as crianças da sala". As mudanças sociais nas últimas décadas foram radicais. Situações ingenuas vivenciadas pelos Flinstones e os Jetsons estão a milhares de anos luz.
Então, talvez, o ideal seja mesmo sair da sala. Aproveitar o feriadão, porque entrou em cartaz em todo Brasil um novo "Procurando Nemo", repaginado com tecnologia de ponta. Também vale depositar uma fezinha em Nossa Senhora Aparecida.
Gosto muito de South Park também, desde a primeira temporada. Muito bom mesmo. Tem que ver o filme deles.
ResponderExcluirmas, olha, tem muita série boa ainda passando: Dexter, Homeland, The Killing, The Walking Dead... se não conhecem vão gostar. se conhecem e não gostaram... putz, tentei
Valeu pelas dicas André... abraços tyrannus
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