RU- UFMT: Muita coisa rolou aqui |
De reitor a blogueiro |
Não sabemos se o primeiro administrador foi mesmo o Walter, um boliviano, mas é muito provável que sim. O sujeito dava toda a pinta de entender de bar, e não temos ideia de como rolou essa concessão. Bom , naqueles tempos o que tinha era o tal do aluno “combênio”, vindos das bandas dos Andes. Talvez estivesse na moda sul-americanos na UFMT. Além dos estudantes combênio, havia muitos goianos e campo-grandenses...
Mas o restaurante do Walter tinha uma administração familiar. A mulher do Walter tocava a cozinha, e um casal de filhos adolescentes atendia de forma não muito educada. Depois surgiu um garçom que logo foi apelidado de 2001, por causa do sorriso falho nos dentes superiores.
“Warter, sarta uma sartenha”. Parece que ainda ouvimos a voz esganiçada da mulher do Walter. Era uma bagunça organizada. E, a presença de nuestros hermanos também estava na música que rolava: muita Mercedes Sosa e Violeta Parra.
Merces Sosa e O apanhador... fizeram a cabeça da moçada |
Naqueles anos esperávamos o final ou início do mês, sei lá, pelo “crédito educativo”. E torrávamos boa parte dele em cervejadas no RU. Sim, as bebidas eram permitidas no RU. Esclarecemos aos incautos que o crédito educativo foi pago, depois de formados, e que foi uma boa aplicação. As conversas de bar foram fundamentais na consolidação de nossa educação e cultura. E o bar do Walter ou o RU era o nosso point. De dia pra matar aula, jogar bozó. No final da tarde curtir os ensaios da banda.
Quando os gatos se tornavam pardos, o tempo era reservado para a integração e engrandecimento da esquadrilha da fumaça, cujo QG era baseado nesse local. As decolagens e aterrissagens lá pelos lados da piscina e da arquibancada, em vários voos. Era um tal de Bode, Magal, Chico B, Lua, Carumba, Castro Alves ou José Bonifácio, Romeu, Babão, Salú, Bugrão, Celso Shampoo, Machadinho, Sombra e mais um bando que aumentava a cada dia (se hoje perguntar se fumavam alguns dirão que fumavam, mas não tragavam). Essa mesma turma frequentava as vernissages que Aline Figueiredo organizava e também o Cine Clube Coxiponés que, aliás, foi gerado por iniciativa de algumas cabeças dessa turma.
Quem não tinha óculos escuros... |
UFMT anos 70 |
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