quarta-feira, 11 de abril de 2012

Par de jarros

Cara de um focinho do outro. Diz-se de pessoas parecidas fisionomicamente. Mas, se a parecença for só de indumentárias, aí não tem jeito: é par de jarros mesmo!!!!! Hoje, ao atravessar uma rua dois mototaxis com camisas azuis e capacetes brancos vinham emparelhados e na maciota. Hora de mandar soltar um comentário ou palavrão,“alembrei”: Seus par de jarros!!! Jorrou límpido de minha boca suja.

“Ondé que vocês vão cantar?”, é a pergunta/piada recorrente quando pessoas aparecem com roupas parecidas. Coisa mais boba! Lembro-me que era comum as famílias vestirem os filhos com roupas iguais. Às vezes sobrava até para os adultos. Geralmente, no final de ano, eram feitas as compras pra família toda. Comprava-se a peça inteira do tecido. Então as camisas, vestidos, camisolas e pijamas seguiam o mesmo padrão. Com pequenas variações. Em famílias mais abastadas usava-se os mesmos modelos, mas de cores diferentes. E todo mundo era feliz, aparentemente.

Shakira e Pink "a la par de jarros"
Jarrinhos enfileirados

Família gosta destas coisas. Imagina então os gêmeos, o que passavam... além de usarem roupas iguais era comum colocar nomes duplos e invertidos, tipo: Frederico Carlos e Carlos Frederico. Já que fomos de Frederico, tem também Frederico Guilherme e Guilherme Frederico. Marcia Vitória e Vitória Marcia.

 Rutinha e Raquel  (e Carlos Zara)

Vamos de duplas. Duas pessoas que, por qualquer motivo, formam uma dupla. Quer um exemplo??? Nós aqui do Tyrannus! Cuiabano gosta muito de referir-se às duplas de maneira muito peculiar. Que Fulana? – Fulana de Sicrano. – Ah! Esse jeito de referir-se é usado tanto para casais formais como para amigos assim um tanto inseparáveis... (que se amavam!!!!), mas ainda não sabiam. Um amigo nos contou que sacou que amava o ‘inseparável’ quando comprou um enfeite de gravata tipo o anel dos “super gêmeos ativar”. Mesmo depois de duplas desfeitas, as pessoas ainda se referem ao ... de ...




Casal 20 (se fosse hoje seria Casal 70, por aí)

Casal 20, par de jarros e trocando as bolas!!!
Aí já é demais!!!!


Nos dias de hoje não dá nem tempo as duplas/casais são efêmeros. Até parece que “ninguém é de ninguém”. Mas lá no fundo, bem fundinho todo mundo quer encontrar sua cara metade ou a metade da laranja ou a tampa da panela ou o chinelo velho pro pé cansado. Se não encontra, certamente sonha.

As metades da laranja, dois amantes, dois irmãos
(Fábio Jr.)
As duplas são poderosas. Podem ser formadas por gente, ou de mentirinha, como o Batman e o Robin (não vale maliciar a relação entre o homem morcego e o garoto prodígio). Ou vale, sei lá... Pode crer, bicho... Ops, pode ser bicho, como o Tom e o Jerry e outras coisas como café com leite, pão com manteiga, goiabada com queijo (origem shakesperiana – Romeu e Julieta), Tarcisio e Gloria, Fred e Ginger, irmãos Cohen, arroz com feijão, Jararaca e Ratinho, Zé Rico e Milionário (das caipira e das antigas). Não. Não nada de descambar pros lados das duplas sertanejas, que é covardia. E Cobra de duas cabeças não é dupla. Hein!




Alguns casos extrapolam. Sandy e Junior separaram e num é que tem um deputado chamado Sandy Junior bombando na mídia. É, bombando, mas graças ao Cachoeira que burrifou nele. E tem gente que gosta tanto de dupla que desenvolve uma dupla personalidade. E chega de conversa, porque tá na hora de preparar uma outra dupla. Uma vodka dupla... pequena, traz duas!

Vamos cantar: "Meu amor é cachoeira"

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