Zé Preto é o cara!!! |
O louva-deus, deus que me perdoe, não sabemos qual foi seu fim. Saltou fora pra cumprir seu ciclo noutras paradas. Mais recentemente, acolhemos um lagarto tiú. Mas ele andava demais pela rua de casa em casa e acabou por desaparecer. Nosso carinho, desde sempre, são os gatos. Animais que acompanham a história da humanidade e com estreitas relações com as divindades. Já perdemos a conta de quantos tivemos. E já tem um punhado de anos que mora conosco um gato todinho negro, que nasceu da Nikita, uma gata adotada e que é companheiríssima. Às vezes parece até um bicho de pelúcia, tão quietinha que é. Mas o Zé Preto, putz, muito independente, que pampeiro, que provação, ele nos fez passar nos últimos 50 dias.
Troppo |
Nikita |
Como estamos em véspera da “sexta-feira santa”, é possível que São Francisco de Assis tenha nos influenciado não só neste post, mas nas atitudes que assumimos por estes dias, pra não deixar o Zé Preto partir deste mundo. Há alguns anos ele foi ao veterinário para procedimentos de rotina e isso gerou um trauma profundo em sua vida. Desde essa experiência, Zé Preto, como diriam os antigos da população rural, "alongou". Praticamente abandonou nosso lar e tornou-se um gato de rua. Um agravante para essa guinada em seu comportamento, foi o fato de que quando chegou revoltoso do veterinário, pulou para o muro, onde era soberano, e levou um baita choque. Motivo: tínhamos acabado de instalar uma cerca elétrica. Coitado...
E aí, com essa intensa vida noturna e brigas por conta da territorialidade e das gatas no cio, ele passou a retornar sempre combalido e ofendido por arranhões e pelas noitadas barra pesada. Chegamos a pensar se ele não estaria usando drogas e andando em más companhias. Ele, definitivamente, assumiu a canalhice felina do “eu só vim pra comer”. “Batia um rango e sartava fora”. Nessa andação, reconhecemos, fez coisas boas. Foi ele quem trouxe Troppo, um gatinho branco e cotó, abandonado na feira que seguiu o Zé Preto e aportou aqui em casa. Nosso xodó.
Mas Joseph Black, quem diria, achou de aparecer dia desses com uma ferida que foi agigantando descomunalmente em uma das bochechas. E quem falou que deixava a gente tomar alguma providência. E a pereba crescendo... virou uma bicheira!!!! Num determinado momento ele reconheceu que precisava de ajuda, deixou ser pego e rolou um tratamento inicial, com a ABRAPA - Associação Brasileira de Proteção aos Animais, uma Ong que deu o maior trato (com um preço acessível). Mas o canalha fugiu. Achamos que o Zé tinha morrido. Bom, eles, os felinos têm sete vidas. Zé Preto reapareceu no estilo capa da gaita, conseguimos levá-lo ao Hospital Veterinário da UFMT, onde passou uma temporada.
Nesta quinta-feira recebeu alta e o trouxemos pra casa, mas tendo que mantê-lo trancado. Na próxima semana terá que passar por um procedimento cirúrgico. Vai retirar pele do seu lombo que será enxertada no pescoço que tá assim em carne viva.
O retorno |
"Nós, gatos, já nascemos pobres
Porém, já nascemos livres
Senhor, senhora ou senhorio
Felino, não reconhecerás."
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Há de ficar bom sim! De todo modo, ocorra o que ocorrer, ele conta com dois queridos São Franciscos, e raros são os bichanos ou outros bichos que têm tal sorte.
ResponderExcluirBeijos!
Cid.
Valeu Cid, estamos na torcida e nas lides da convalescença por estas bandas. Curativos e remédios diários pra o bichano se recupere. Vai rolar!!!
ResponderExcluirQuando li o post, parecia que estava lendo meu diário..rs..adoro gatos e já tive um Don Juan, aqui o Zé Preto..e o meu se chamava Vicente, também preto e rebelde..viveu por 13 anos..depois tive um outro, Branco, e para diminuir o jeito andarilho dele, depois de voltar para casa quase sem pescoço, tamanho machucado, resolvemos castrá-lo..desejo melhoras para o Zé Preto e vida longa para seus gatos..Bjocas para Loro e Fátima
ResponderExcluirValeu Ana, não sei bem de que forma, mas suas palavras de apoio serão transmitidas ao Zé Preto. Beijos Tyrannus!!!
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