sexta-feira, 29 de junho de 2012

Sincretismo

Chega-nos a informação de que não se deve dizer “eu trabalho em casa”. Não soa bem profissionalmente. “My office home...” ou o meu escritório é na minha residência. Isto sim, é tido como correto. Ficamos preocupadíssimos com isso, por que desenvolver funções profissionais no ambiente doméstico é uma opção pra muitas pessoas. E estamos nessa. Aí, né... disseram também pra não usar essa expressão – “né”, quando se é entrevistado, melhor “hamm". Andam dizendo tanta coisa. Muita falação e pagação pras nossas cabeças.

As orientações acima são por conta do marketing pessoal. A “imagem” que passamos precisa ser positiva, inteligente, moderna, eficiente e outros blablablás. O valor da imagem é que ela pode ser manipulada, pode ser maquiada. Esconder um negocinho ruim aqui, e enaltecer uma pequena característica bacana. É assim que funciona. Enquanto a imagem é assim, a reputação, que na verdade é muito mais valiosa, essa, no frigir dos ovos, vai acompanhar a biografia das gentes importantes. O vip morre, mas sua má fama permanece. Às vezes, nem cristão perdoa. Agora, se for um simples mortal, que sorte. Nem todo mundo vai saber que o canalha foi tarde.

São Pedro

A vida passando lá fora e você isolado. Trancafiado no aconchego do seu lar, e ainda tendo que cuidar da sua imagem. Esquece isso, pelo amor de Deus e lembre-se das informações sobre a religiosidade brasileira que bombam na mídia neste final de semana. A notícia remete ao levantamento do censo do IBGE de 2010. Demorou... Católicos perdem espaço. Evangélicos, espíritas, seguidores do hinduísmo, do candomblé, do islamismo, de tradições indígenas e os sem religião ganham terreno. Procurada por uma emissora de TV pra falar sobre a pesquisa, a Igreja Católica empurrou com a barriga qualquer manifestação oficial. Estratégia muito usada no meio político. Falar o que?!

Chico Xavier


Ciência e religião se aproximam nestes tempos. Uma propaganda televisiva soltou essa, e não dá pra duvidar muito. Só um pouco. Às vezes fico matutando... querer entender demais sobre os mistérios que envolvem nossa existência é procurar encrenca. Ou será que é preguiça de pensar mais profundamente?  Deus me perdoe.


Tupã

Experiências espirituais, algo que necessariamente não precise ser religioso, pode ser apenas científico; entretanto, podem contribuir conosco para o entendimento da vida. Não há nenhuma razão explícita para se dizer isso, mas, vamos lá... que seja intuitivo. Ou religioso mesmo. Depende de cada um.


Iemanjá

Os aspectos extrafísicos do ser humano ainda dão pano pra muita manga. Esbarrei numa experiência desse gênero não faz horas. E lá na hora H fui inquirido se não gostaria de saber mais sobre minhas “outras vidas”, porque contribuiria para meu autoconhecimento. “Não, não quero não.” Ainda justifiquei dizendo que tenho problemas e coisa demais pra pensar sobre esta vida de agora. Não saberia explicar o real motivo pelo qual declinei dessa curiosa possibilidade, mas acho que foi algo mais ou menos assim: “Procuro ser uma pessoa do bem e levar uma vida relativamente tranquila nesta vida. Vai que fui um canalha numa outra existência”. 

"Os deuses devem estar loucos"

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