quinta-feira, 1 de março de 2012

Eu queria ser...

E aí Madama? e aí Compridão? Que vai querer? Aproveita a promoção... as brunetes tão saindo pela metade. Claudia Cardinale?  Natalie Wood? Olha aí, pro senhor tem... que tal? Dr. House? Osvaldo Montenegro? Tem aquele poeta, cumé mesmo? Ferreira Gullar. Pera aí... olha só que achei... é coisa rara, doutor... Max Von Sydow! é pegar ou largar?

É, morenas não chamam tanto a atenção. Será? Anjelica Huston? Melhor ... a idade, né?...  melhor não arriscar.  Ah! me dá logo as três... é isso mesmo três carteiras de identidade.

Identidade falsa é golpe antigo. Agora, usar na identidade foto de um ator, indicado a 12 Oscars, só pode ser coisa de brasileiro! O autor da façanha foi Ricardo Sérgio Freire de Barros, que tinha 7 (número de mentiroso) identidades, mas dançou quando tentou abrir uma conta bancária com a identidade com a foto de nada mais nada menos que o poderoso Jack Nicholson. Caiu na imprensa internacional. E ele teve seus 15 minutos de fama, só que curtindo em “cana”. Trocar de identidade é um fetiche. Um sonho que habita os quereres de muita gente. Dá pra abrir um próspero mercado e ganhar uma grana. E parar no xilindró. “Quero ser John Malkovich”. Um filme, ou um antigo desejo? Os dois... John Malkovich, John Malkovich, Malkovich, Malkovich, Malkovich.



O incrível filme, dirigido por Spike Jonze, é de 1999. Uma história muito doida que mostra Malkovich interpretando ele mesmo, às voltas com um monte de gente que gostaria de ser o ator e tem essa chance durante 15 minutos. E Malkovich, alguns anos depois, acabou participando de um outro filme, sobre apropriação de identidade, desta feita, baseado num fato real. O ator protagonizou Alan Conway, um sujeito que se passava por Stanley Kubrick, em “Colour me Kubrick” (direção de Brian Cook). A históia verdadeira aconteceu durante as filmagens de “De olhos bem fechados”, último filme de Kubrick.



O cantor e compositor libanês Mika, radicado em Londres desde um ano de idade, ficou nas paradas com seu hit Grace Kelly. A letra do sucesso diz: “eu tentei ser como Grace Kelly, mas todos seus visuais eram muito tristes, então eu experimentei ser Freddie, e tive uma crise de identidade”. Sua voz até parece a do vocalista do Queen.  Apropriar-se da identidade alheia pode trazer também problemas psicológicos. Cássia Eller, com aquela voz inconfundível, não teve crise de identidade. Foi logo tratando de compor “Eu Queria Ser Cássia Eller”.




Voltando ao “caso” brasileiro... Até que o malaco lembra o Jack Nicholson. Parece-me que ele é nordestino... A madama do diretor Marcos Paulo entrou numas com o crítico de cinema Paulo Villaça ano passado, e disse querendo ofendê-lo, que ele tinha cara de cearense. Acompanhamos o caso e ficamos sabendo de um blog chamado Cearenses Internacionais (http://cearensesinternacionais.wordpress.com), onde pode-se postar fotos de artistas e celebridades que tem um quêzinho lá das bandas do Ceará. Fazem parte deste rol de famosos: Betti Davis, Antonio Gramsci, Napoleão Bonaparte, Stefanie Maria Graf, Norman Mailer, Jack Black, Nicolas Cage...



Sugerimos após esse inédito episódio a inclusão do coringão Jack Nicholson nesta seleta galeria de famosos que poderiam facilmente se passar por nossos compatriotas nordestinos, apaixonados pela rapadura com farinha. Por falar em rapadura... chega isso é assunto de amanhã.

Os inconfudíveis olhos de Miss Davis

O incrível visual de Bjork, nórdica e rendeira

Poderia se chamar Edith Patativa

Cabra da peste este Norman Mailer

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