segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Geração subzero

Patrulha ideológica... tô fora!

"Geração subzero" (Ed. Record). É o que encabeça a minha lista particular daqueles que não lerei. Organizado por Felipe Pena, jornalista e escritor, reúne 20 autores que têm sucesso de público, mas são ignorados pela crítica. Algumas pessoas sofrem de birra. Inquizilam que não vão fazer isso ou aquilo e se mantêm firmes na negativa. Gente cabeça dura é o que tem muito por aí. 

Mas, sejamos didáticos: pra ser cabeça dura, primeiro é preciso ser cabeça feita. É que ser cabeça dura sem embasamento nenhum, já vira outra coisa. Ignorância. Não tenho nada contra escritores como Thalita Rebouças, André Vianco, Pedro Drmund e outros dezessete autores que estão no livro em questão. Não tenho nada contra eles, quer dizer, pessoalmente. Autoconhecimento é importante. Conhece-te a ti próprio, que o risco de comprar um livro ou assistir um filme impróprio pro seu gosto será infinitamente menor.



A primeira vez com Clarice Lispector foi "Água Viva", um monólogo cheio das viagens da autora. Odiei com todas as forças da minha adolescência. Um amigo letrado me salvou, presenteando-me com "A hora da estrela". Foi quando comecei a aprender e apreender os mistérios de Clarice. Alguns meses depois já estava pronto para reexperimentar a obra anterior. Eu já não era mais um peixe fora d'água no universo de Lispector.



Mas a "Geração subzero", melhor dizendo o seu autor, Felipe Pena, num debate "armado" entre ele e um crítico, deu pena. Seus argumentos tinham a profundeza de um pires. O livro que organizou deve estar vendendo bem, pois traz escritores idolatrados pelo grande público. Mas esse fato, caberia também fator material, que significa din din, parece não ter aplacado sua ira para com o crítico que o contra argumentava. Parece que queria mais. 

O ator Morgan Freeman, aquele que conduziu Miss Daisy magistralmente, foi eleito a celebridade mais confiável dos EUA pela revista Forbe's. Não procuramos por detalhes a respeito de como seu deu essa eleição, porém, aqui em casa, já faz tempo que Morgan Freeman, com todo respeito, deixou de ser um nome associado a qualidade de filmes. Já vimos o ator em cada porcaria... Olha, por outro lado, é muita patrulha ideológica querer que atores e atrizes trabalhem só em filmes acima da média.   



Pronto. Socorro, pois chegamos a mais um final de post. Aquela hora em que você precisa fechar os escritos com alguma graça. Então fica assim: sucesso de crítica é assim, sucesso de público é assado. Ou uma coisa é uma coisa e outra é outra. Olho e remela, joio e trigo, relativo e relaxado e mais um montão de duplas de palavras que se opõem. Maluf e Lula, por exemplo. Não, deixa pra lá... É melhor não confundir cu de gato com catraca de bicicleta. Ou vice versa. O mundo é um grande pacote embrulhado em contradições. Dizem que ele cabe numa quitinete. Ciao! 





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