quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Poucas palavras


Não vamos dar conta do recado. Tem que ser coisa rápida... vamos de bilhete. Uma mensagem curta, escrita em linguagem simples. Parece que caíram em desuso, né?  Mas volta e meia ressurgem reveladores. Caem na boca do povo ou ocupam espaço de destaque na mídia. 

Este final de mês dois momentos de impacto no noticiário traziam bilhetes. Um triste: o suicídio do cineasta Tony Scott. O bilhete que foi encontrado em seu carro, segundo a polícia de Los Angeles, em nada contribuiu para  elucidar o motivo de tal ato. O outro manuscrito, este de espanto, é da lavra da nossa mandatária maior, a presidente Dilma. É que ela foi a última a saber do acordo feito pela comissão especial mista que analisa a medida provisória do Código Florestal. A chefia não titubeou e mandou um bilhetinho para suas ministras. Devolveu a saia justa que recebeu. Por falar em saia...

Tony Scott "top gun"  


O romance começou depois de muitos "dois pra lá, dois pra cá"
 ao som de Besame mucho!
"Essa sua saia curta está deliciosa". Bilhetinho safado do Bernardo Cabral, ex-ministro da Justiça, na era Collor, endereçado à sua colega de esplanada Zélia Cardoso de Melo, durante uma reunião ministerial!!!!!  Bilhetes curtos como esse do Cabral podem ser chamados de torpedos. Sim, acredite. Os torpedos já existiam antes mesmo de toda essa tecnologia da informação que aí está.

Os rappers Chris Brown e Drake saíram pra porrada por causa do conteúdo “caliente”, além de revelador, de uma mensagem. O Chris enviou uma garrafa de champanhe para a mesa do Drake, que não gostou e devolveu o presente com um bilhetinho: ”Estou fazendo sexo com o amor da sua vida. Aceite”. Até o fechamento desta edição não tínhamos conseguido confirmar, porém, tudo leva a crer que a terceira pessoa do singular neste triângulo amoroso teria sido a Rhianna. E o pau comeu solto.

Por causa da Rhiana? Francamente, é muita areia
pro caminhãozinho...
Na música brasileira o bilhete é assunto recorrente. A nossa geração não se esquece de dois bilhetes famosos: O bilhetinho apaixonado da Katia Cilene:”dentro do meu livro de leitura encontrei um bilhetinho que você me escreveu. Era um bilhetinho apaixonado que dizia estar gamado só por mim e mais ninguém”. E o recado, que aqui passaria por bilhete, do Arnesto (aquele que era chegado do Adoniran Barbosa) pra sua turma: “Ói, turma, num deu pra esperá. Aduvido que isso, num faz mar, num tem importância. Assinado em cruz porque não sei escrever.”

Katia Cilene

O "Arnesto" diz não se lembrar...

de nenhum compromisso com Adoniram
Mas bilhete não é só um papelzinho à toa onde as palavras se encontram nos improvisos da vida. Existem vários outros tipos de bilhetes, como o bilhete de loteria, bilhete de ônibus, metrô, de cinema, teatro... e outros. Bilhete premiado é o nosso preferido, mas, não temos nenhum desses... 

Bilhete encontrado pela polícia com receita de "simpatia"

Bilhete encontrado depois de 35 anos 

Nina Boesch faz sua arte com bilhetes de metrô


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