quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Sem prego

O slogan é o melhor...

Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça. Já ouviu falar, né?! A câmera na mão é algo massificado nos dias de hoje. Já a tal da ideia na cabeça... bem, isso é outra história. A frase remete ao Cinema Novo e foi Glauber Rocha quem a proferiu num de seus rompantes. Coisas do passado. Então vamos mudar: uma câmera na cabeça e uma ideia na mão. Também já é um lance de tempos que ficaram pra trás. Traz uma ideia aí pra gente escrever hoje... "Não tenho nada na cabeça...". Mais uma vez a velha conversa que antecedeu a valorosa decisão em torno do post de hoje. 

"Você deveria usar melhor seu trabalho, mostrá-lo mais, pelo menos pra quem entra aqui em sua casa". Dissemos a um artista plástico em priscas eras, porque seus trabalhos ficavam como que escondidos em seu ambiente doméstico. "Sabe o que que é... é que eu tô tão sem prego lá em casa". Não foi uma resposta. Foi uma “embromation”, como diria um conhecido que sabe pouco de violão, mas, com esse pouco que sabe e com o instrumento em punho, engana qualquer um, desde que o enganado nada entenda de tocar violão.


Hoje estamos "sem prego" cá em casa. Há quadros que precisam ocupar as paredes, filmes e livros que merecem consumição e uma razoável quantidade de palavras que necessitam se agrupar de forma convincente. Ao ponto de ter alguma dignidade e méritos. Apresentar um texto e peitar... quer dizer, respeitar. Um monte de gente famosa nasceu e/ou morreu em 16 de agosto. A data também registra acontecimentos interessantes. E daí?

Victoria Abril (Kika, Almodóvar) 

Voltemos, pois, para a história da câmera e da ideia. A questão da câmera é que ela está cada vez mais presente em nossas vidas. Pra tudo quanto é lado. O mundo inteiro, potencialmente, pode ser transmitido ao vivo. Já as ideias, desde os tempos do Cinema Novo (anos 60 e 70), também andam surgindo em mais quantidade. Claro que é porque a população mundial aumentou e as ideias habitam as cabeças desses bilhões de terráqueos. O problema é que muita gente acha que ter uma boa ideia já é suficiente pra fazer um filme, escrever um livro etc. Ledo engano. 

Olha, se tem coisa que presta neste mundão modernoso, uma delas é a possibilidade de expormos nossas ideias, tornando-as públicas. Todo mundo pode botar a boca no mundo. Foi-se o tempo de botar a boca apenas no trombone. Crie coragem e faça isso. Blogueie à vontade, por exemplo. E, caso faça muito sucesso, não se esqueça de registrar que sua câmera e ideias entraram em ação, graças ao incentivo aqui do Tyrannus. Temos parte nisso aí. Agora, se as coisas que você compartilhar não forem bem aceitas, não precisa nem mencionar a gente, que não vamos reparar.  
Niver da "rainha do pop" 

Nenhum comentário:

Postar um comentário