Le Blanc Seing |
Contemporâneo de André Breton, Salvador Dali e Buñuel, Magritte demorou um tempo a ser aceito pelo grupo dos surrealistas, pela vida burguesa e metódica que levava. Um deles disse: “O surrealismo com Magritte é muito mais surrealismo, e René Magritte sem o surrealismo será sempre René Magritte”. “A imagem não mostra a coisa, é só a imagem da coisa. Tudo o que vemos esconde outra coisa, e nós queremos sempre ver o que está escondido pelo que vemos”, citação do pintor que explica, ou pelo menos tenta, jogar luz sobre sua obra.
Magritte invadiu nossas vidas ontem, através de uma reportagem. Tá rolando uma exposição bem ali, no Tate, em Liverpool. Foi praticamente impossível não linká-lo aqui. Revendo Magritte e pesquisando sobre sua obra, reencontramos uma tela que nos remete ao assunto que matutamos, para hoje. Uma maçã no rosto de um homem. Sim, temos maçãs na face. Duas, uma de cada lado.
The son of man |
The false mirror |
Continuando nossa conversa sobre nominações diferentes para as partes do corpo humano, chegamos à altura dos ombros e toda sua ossatura. Por ali tem um lugarzinho, com justiça, chamado de saboneteira, mas só no caso das pessoas magras. Os gordinhos estão mais pra pneuzinhos, que ficam linha da cintura. Nessa altura tem ainda a bacia, ou pélvis (pélvis é latim e significa bacia). Depois de uma certa idade, é um perigo quebrar a bacia. É nessa região que ficam os aparelhos recreativos e reprodutivos, com nomes “sui generis”, que fica pra um outro post, com classificação indicativa pra 18 anos. E vamos descendo pelo nosso corpo. O que é conhecido academicamente como panturrilha, também é batata da perna...
Sirens |
Os amantes |
Então fica assim. Magritte cria o inusitado a partir de imagens convencionais e nós exploramos palavras e expressões que se recusam a ter um significado único, por mais que estejam, aparentemente, fora de contexto. Ah, e faltava dizer de um local, no nosso corpo, que merece destaque: a “terra de ninguém” (que fica onde termina um e começa o outro), mas dizem que é lá e nas redondezas que mora o prazer. Porque o pecado mora ao lado!!!
Marilyn Monroe e Tom Ewell |
muito lingo blog, e em especial sobre magritte, do qual sou fã incondicional, adorei!
ResponderExcluirmagritte trouxe vida ao surrealismo. o surrealismo com magritte passou a ser outro. mas magritte será sempre magritte, mesmo sem o surrealismo.
cheers
magritte é demais até criancinhas podem adorar ela pois eu adoro tambem e apenas tenho 11 anos
ResponderExcluirQue legal receber o comentário de alguém com 11 anos. Que prazer. E o comentário merece relembrarmos uma frase célebre de Picasso: "Levei 80 anos pra aprender a pintar como uma criança".
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