Beijo sem antropocentrismo |
Matinê no sábado, sessão
da tarde. Fomos acometidos por essa nostalgia e às três horas estávamos lá, no
escurinho do cinema. Pipoca e refrigerante pequenos e uma água, pela bagatela
de R$ 11,50!!!! Como são caros esses aditivos vendidos no cinema. E o pior é
que não é permitido levar matula. Quer dizer, pode sim, mas tem que ser
escondido.
A inspiração foi o filme
"Planeta dos Macacos - A Origem". Filme de entretenimento pra se
divertir, nada de expectativas. Precisamos fazer isso de vez em quando já que temos
tendência de nos enclausurar. Os comentários gerais sobre o filme, na internet
e na TV, prometiam muita ação e emoção.
Sempre que nos deparamos
com as reprises e mais reprises de um dos cinco filmes sobre o tal planeta na
TV, gostamos de assistir mesmo que pedaços. Neste, mesmo com a tela grande, em
menos de uma hora, uma cutucada: não tô gostando, não. Macacos me mordam! Cinco
minutos depois, caímos fora.
O primeiro filme de 1968,
"O Planeta dos Macacos" é ótimo. A cena final, quando Charlton Heston
cavalgando numa praia e dando de cara com a Estátua da Liberdade semi enterrada
é antológica. Depois desse filme a indústria do entretenimento desovou várias
sequências, uma série de TV, desenhos animados e histórias em quadrinhos. Até
Tim Burton, em 2001, explorou a história. Vale lembrar que tudo começou com o
romance de Pierre Boule (La Planète des Singes), publicado em 1963. Pra ser
sincero, acho que Charles Darwin, com a sua Teoria da Evolução, semeada em
1844, já esbarrava no tema, desbancando o antropomorfismo exacerbado.
Pois é, tentamos. Sou
chato pra cinema, mas gosto de me surpreender. Sair prá assistir algo
totalmente desavisado, sem ler nada antes é arriscar. Embora isso, na maioria
das vezes, seja frustrante, insisto. "Sair pra ver porcaria no cinema,
prefiro assistir em casa". Verdade verdadeira.
Mas este "Planeta dos Macacos - A Origem" é morno demasiado. Personagens fracos, que mais pareciam de um filme infantil, roteiro cheio de clichês descabidos, fotografia sem nada de especial e sem escala: o tamanho do chimpanzé é desproporcional quando contracena com os personagens humanos. Os movimentos do Cesar (o chimpanzé) são computadorizados e com novidades da tecnologia, mas, mesmo assim, me fizeram lembrar as criaturas de um antigo filme, “Jumanji” (1995), um dos primeiros a se utilizar de técnicas de computador para animar personagens.
Mas este "Planeta dos Macacos - A Origem" é morno demasiado. Personagens fracos, que mais pareciam de um filme infantil, roteiro cheio de clichês descabidos, fotografia sem nada de especial e sem escala: o tamanho do chimpanzé é desproporcional quando contracena com os personagens humanos. Os movimentos do Cesar (o chimpanzé) são computadorizados e com novidades da tecnologia, mas, mesmo assim, me fizeram lembrar as criaturas de um antigo filme, “Jumanji” (1995), um dos primeiros a se utilizar de técnicas de computador para animar personagens.
Freida Pinto e James Franco |
Estes escritos não devem
ser entendidos como uma resenha ou crítica, até porque, assistimos apenas parte
do filme. Não seria justo. Até onde fomos, de interessante registramos a
consistência do personagem interpretado pelo veterano John Lithgow e a curiosa
participação de um expressivo orangotango. O diretor inglês Rupert Wyatt está
longe de ser uma referência em cinema.
Construindo Cesar |
Mas também não cabe uma crítica velada
ao seu trabalho neste “Planeta dos Macacos – A Origem”. Tudo leva a crer que
ele fez o que era pra ser feito. Fica a impressão que o filme é mais um desses
caça níqueis (e quantos níqueis), na linha blockbuster. Aquelas produções
poderosas financeiramente falando, mas que quase nada têm a ver com o cinema
enquanto arte. O lançamento do filme nos USA extrapolou a expectativa em nível
de bilheteria, e pelo jeito ressuscitou a série.
Estava indo pro cinema quandooo. Li estas singelas linhas sobre o Planeta dos Macacos...
ResponderExcluirDesisti do filme, meninos, por que gostei muito da versão original, não gostei da segunda e, sinto, odiarei essa aê.
Haverá vida inteligente num cimema próximo do calorão cuiabano?