sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Meu irmão quer se Matar


Ontem iniciamos assistir e, por estarmos completamente inebriados com a delicadeza das cenas, a interpretação dos atores, morrendo de sono... então...  stop. Amanhã continuamos. Sábia decisão. O filme “Meu Irmão quer se Matar” (2002) é lindo, doce... uma fábula.

Assim assistimos ao filme: enquanto um se debulhava em lágrimas escarrapachada no sofá, outro aqui, nesse mesmo computador, adiantando a vida para amanhã (sexta-feira). Um de olhos inchados e fixos na telinha, o outro pescando um ou outro trecho. Curioso é que Educação também foi assim. A cineasta consegue imprimir uma linguagem tão própria em suas histórias, tão envolvente, que não atrapalha esse negócio de assistir por partes.



Lone Scherfig é dinamarquesa, que tem duas obras em destaque: “Italiano para Principiante” (2000) que lhe valeu um Urso de Ouro no Festival de Berlim, e “Educação” (2009), que recebeu três indicações ao Oscar: Melhor Filme, Melhor Atriz e Melhor Roteiro Adaptado.


Educação (com Carey Mulligan e Peter Sarsgaard) vimos há alguns meses e agora, graças ao Festival Internacional de Cinema que rola na TV Cultura (a gente grava todos), rolou Meu Irmão quer se Matar. Em ambos a mesma impressão: elegância, delicadeza, simplicidade.

Atuam no filme: Shirlei Henderson (Alice) mais conhecida pelo seu personagem “Murta que Geme”, um fantasma que vive no banheiro choramingando, resmungando e, claro, gemendo, nos filmes de Harry Porter; Jamie Sivens (Wilbur), o suicida; e Adrian Rawlins (Harbour) que também fez umas pontas em Harry Porter, além da atriz garota Lisa Mckinlay, que tem uma interpretação de gente grande.






A história, apesar do título, não tem nada de bizarro. Dois irmãos órfãos cuidam de uma livraria, falida, herdada do pai. O irmão mais novo é um suicida crônico e ácido. O outro é terno e cuidadoso com o irmão, com as pessoas e com os livros que tenta despertar no irmão a vontade de viver, relembrando a infância e o quanto os pais o amavam. Do outro lado, uma mulher triste, solitária, com uma filha, que trabalha desesperadamente para mantê-las. O encontro inevitável, na livraria, desperta o amor simultaneamente correspondido nos quatro personagens, aliás cinco, porque os livros são protagonistas também. E o filme desenvolve nesse ambiente de carinho, afeição, esperança, com seus personagens nos conquistando. Mais que recomendamos.



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