sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O rei do miojo


Momofuko Ando (AFP/Getty Images imagem tri)
A quinta-feira noite adentrando-se e quase deixamos escapar um valioso registro histórico atribuído ao 25 de agosto. Momofuko Ando, um taiwanês que, após a segunda Guerra Mundial naturalizou-se japonês, criou em 1958, numa época marcada pela escassez de comida, um alimento que revolucionaria a culinária mundial: o chikin ramen (pra nós, o miojo). Esse alimento prático, acessível e que satisfaz tornou Momofuko uma das personalidades mundiais do século XX. Um sucesso instantâneo. O registro desse fenomeno está no Momofuko Ando Instant Ramen Museum, perpetuado para o mundo.
A renúncia é um prato de miojo frio?
Nesta data nascia o miojo. Aquele macarrãozinho de fácil e rápido preparo tem uma única coisa em comum comigo: nascemos no mesmo ano. Nem por isso gosto de miojo. Diante dessa descoberta mirabolante (o miojo) que há 53 anos mudou a vida do ser humano sobre o planeta para sempre, me ajoelho e elejo como fantástico tema para este post, o miojo. E digo em seguida: odeio miojo.

Ainda vou fazer do miojo jornalismo literário
A mais famosa empresa produtora de miojo propôs, neste ano, para comemorar seu aniversário, que restaurantes chiquérrimos de São Paulo criassem receitas especialmente para a data. Rolou miojo com camarões e aspargos, com lagosta e limão cravo, com frango e quiabo. Ano que vem, comemoraremos com um prato que utilize essencias da terra e faremos o miojo com pequi e lambari frito (tentarei resolver meu trauma ou sei lá o que com esse rango moderno).

Posso ver: É um miojo voador
Se estivéssemos já em outubro e fôsse o dia 25, seria mais fácil para mim. Estaríamos no dia internacional do macarrão e também no natalício da nossa primogênita. Cumprindo a missão e o destino do nosso argumento, este texto será rapido, de fácil deglutição e satisfação duvidosa. É hoje tá barra!
Não costumamos garimpar, pesquisar para surgir uma pauta. A varredura é após a pauta já definida, mas hoje foi diferente. E foi assim que chegamos ao natalício desse objeto do desejo que revolucionou o paladar.

Siga-me quem quiser miojo
Descobrirmos que também foi em 25/08 que Nietzsche morreu, que este é o dia do soldado (cabeça de papel), que Truman Capote teve seu game over na data, que Jânio Quadros renunciou, que Galileu Galilei inventou o telescópio e mais alguns acontecimentos mais ou menos vultuosos, nenhum deles... bom, se  aproximou do sucesso do miojo. Se cozinhar demais, passa do ponto...

Assim falou Momofuko

2 comentários:

  1. pra quem não gosta até que falou bem de.
    ou foi o seu eu-miojo assumindo o comando?

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  2. Me senti como um menininho sendo obrigado a comer algo que não gosta, e a Fátima, como a mãezona: come aí, guri

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