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Olha, nós também acreditamos no semáforo. Experimente você não acreditar nele pra ver a intensidade da merda que pode surgir. Mas, diante de um semáforo, nesta semana, vimos algo inacreditável. E nós que pensamos que havíamos visto de tudo em campanha eleitoral! O sinal ficou vermelho, paramos antes da faixa de segurança. Estávamos no centro mais centrão de Cuiabá, com o sol a pino urrando.
Malabaristas, ambulantes, pedintes, panfleteiros, flanelinhas... São alguns tipos que nos abordam quando parados no trânsito. Uma água gelada, ou dar/jogar panfletos promocionais pela janela, filantropias etc e tal. Verde que te quero verde! Mas, nada disso nesse dia. De repente, “meu Deus o quê que é isso?” Quatro mulheres paramentadas estranhamente na esquina invadem rapidinho a faixa de segurança e eis que se ouve um som (acho que aquele funk de péssima qualidade) amplificado. O quarteto feminino se põe a movimentar estranhamente, é uma coreografia? (se é que se pode chamar aquilo de coreografia).
Cada uma veste uma caixa quadrada (?) transparente, montadas com garrafas pets (a ideia é mostrar que o candidato tem um discurso antenado/afinado com a questão ambiental). A caixa fica na altura do quadril e é presa por suspensórios. Bob Esponja... Bob Esponja... Esse deve ter sido o personagem inspirador da estranha performance. Quando dão as costas para os incautos pode-se ler o número e o nome do criativo candidato.
Não consigo ou não ouso emplacar aqui um adjetivo para descrever a cara de espanto da carona, tão pouco a minha. Respeito é bom... elas estão lá ganhando honestamente alguns trocados na barbárie que é a campanha política no Brasil. Constrangedor, pra falar a verdade. Depois, passado o impacto inicial, nos divertimos com nossos próprios comentários, embora, seja doloroso ver cidadãs protagonizando algo tão... tão... tão deixa pra lá.
Mas, que droga... logo agora que já estávamos acostumados, nós e nossas mentes e olhos, a não dar a mínima para os cavaletes que ficam espalhados pelos espaços públicos da cidade!
Radar de Ryoju IKeda (Oir) |
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