Deve ser por isso que, nos tempos em que eu bebia de forma mais irresponsável, sem limites, e acordava “podrão”com aquele mal estar e a dor de cabeça superlativa, para vomitar, desenvolvi um hábito: o de me olhar no espelho logo após o vômito. Gostava de conferir a minha imagem depauperada com os olhos vermelhos e aquela expressão de quem está naquele limiar “morto/vivo”.
A assistimos uma carrada de filmes de vampiros e o desempenho notável de alguns atores como Gary Oldman, em Drácula de Bram Stocker, ou Tom Cruise em “Entrevista com o vampiro”; só para citar alguns filmes não tão antigos. E, em matéria de modernidade vampiresca, que saibamos, ainda está imbatível a produção sueca “Deixa ela entrar”. Melhor não falar aqui da saga “Crepúsculo”. Nada contra o bonitinho Robert Patinson.
Essa história de tempo é invenção humana. Para os vampiros, não interessa. E a sorte deles é que não se refletem no espelho, porque, quanto mais velhos, mais feios. E vamos ao passado para celebrar um grande ator que se notabilizou com esse personagem chupador de sangue. O britânico Christopher Lee que, neste domingo (27), completa 90 anos.
E Lee, também dono de uma bela voz (a conferir em http://www.youtube.com/watch?v=Z93SdirnzTw), segue firme como imortal, ou morto vivo, como queiram, e convém aos vampiros. Para este ano de 2012 o ator veteraníssimo tem participação prevista em quatro filmes. No ano passado fez uma ponta no premiado “Hugo Cabret”, de Martin Scorsese.
Christopher Lee, vamos combinar, é o vampiro mais emblemático de todos os tempos. O Drácula clássico, por assim dizer. Combinando seu talento como ator com o grande número de filmes que gravou na pele desse personagem, assim decidimos. E assim é o Tyrannus, democrático até não mais poder.
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