Ok, um queijo...
Não, não e não. É assim que a gente
começa um texto bem positivo. O não é uma das primeiras palavras que as
crianças aprendem. E entendem. Talvez essa negativa introduzida na
primeiríssima infância acarrete psicologias questionáveis, porém, Karl Marx já dizia
que a história da humanidade é a história da repressão. Mas, os
"nãos"’ palavreados na abertura do post são só pra dizer que o
Tyrannus, parte dele, não tá nem aí... em Cuiabá.
Em missão especial, à convite da Oi,
escreve aqui das alterosas, em Belzonte. E a missão é experimentar um roteiro
cultural diferenciado. Nesta quinta (10) é dia de conferir exposições do
artista Arthur Omar e do chargista Duke, mas, antes, tem coisa. Tudo
na Oi Futuro aqui de BH. Me pediram pra levar um queijo daqui, mas parece que é
proibido transportar gêneros alimentícios nas viagens aéreas. Em todo caso,
tentarei burlar a vigilância e conto com o apoio dos leitores
queridos: não me dedurem, por favor.
Se o queijo for flagrado, quem
encomendou vai ter que se contentar com uma narrativa caprichada em torno de um
almoço da Dona Lucinha, um point especialista em rango das Gerais. Trouxe uma
overdose de remédios para os efeitos colaterais caso aconteça uma comilança infernal.
Uma viagem rápida, apenas dois dias,
já dá uma força pra revigorar as letras, essas coisas que ficam perseguindo a
cabeça de um pobre coitado. Viagens aéreas, que permitem que troquemos de
ambiências com uma velocidade estonteante, são bem vindas. E, literalmente, tem
aquela história de que nos deixam nas nuvens. E não dói tanto
assim deixar Cuiabá. É até bonito observar a cidade e ver o rio Cuiabá lá de
cima, parecendo limpinho, e a gente mais perto de Deus. Ou do firmamento, como
queiram.
E o que acontece é mais ou menos
assim. Acabei de chegar e não há o que escrever ... nada de
precipitação. Ainda, não sei de nada. Tá escurecendo... Já
escureceu. O programa da noite é no Teatro Oi Futuro Klauss
Vianna onde tá levando a peça noite R & J de Shakespeare - Juventude
Interrompida. Tomara que dê tudo certo. Morro de medo de ir ao
teatro, de não gostar da peça e de querer (mas não poder) sair antes de
terminar o espetáculo. Situação constrangedora.
Hora de sair de fininho. Deixo a
chave debaixo do tapete pra que uma parte do Tyrannus (a que ficou em Cuiabá),
feche a porta. E um bilhete malemazinho assim: “Não sei se vai dar pra levar o
queijo. Então, vai já um beijo”.
PS: Prestatenção, o queijim que pedi,
esqueci dizer, não é qualquer queijim de esquina, não! É aquele tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan) em 2008, por causa do “modo de preparo”. Coisa fina, cultural até no “s”. Sô!
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