sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Hoje é dia de Feira



Ferveção

Pula pula, verduras, cereais, churrasquinho, churro, crepe, caraoquê, iaquissoba, acarajé, arroz com pequi, arroz com costelinha, marisabel, pamonha, milho cozido, bombons, doces, queijos, lingüiças, roupas, bijuterias, pastéis, caldo de cana, tapioca, produtos legítimos do Paraguai, maçã do amor, condimentos, frutas, rapaduras, farinha (do Morro Grande), peixe, carnes, panelas, tobogãs... Ops... escorregamos nesse mundaréu de coisas e um povaréu de gentaiada.  

Sexta-feira é dia de feira. O comércio, com exceção dos chamados produtos de natureza cultural, realmente, não me atrai. Mas não há como ignorar uma feira livre que acontece aqui pertinho de casa, todas as sextas, tomando de assalto a principal rua dos bairros aqui do pedaço (Recanto, Universitário, Imperial etc). A nossa feira é famosa. É freqüentada por moradores que tem o maior orgulho desse espaço, que se constrói, a cada semana.  



energia pura... 


Acompanhado pela alquebrada máquina fotográfica, lá vou eu à feira. “Nunca te vi, nem na feira”. É um antigo ditado quando você quer explicar que não conhece mesmo uma pessoa. Uma máquina em punho sempre altera o comportamento de quem quer que seja. É preciso paciência e cautela para convencer as pessoas de que a foto não vai prejudicar. Imagine você, que freqüenta o Tyrannus, como explicar a um feirante que sou jornalista e a pauta é a feira (até aí, tudo bem), que vai sair num blog (complicou um pouco)... Mas a gente consegue. Como disse a Fátima (bloqueira disso aqui também), “numa feira, tudo é possível”.
Melamanguaça

Pastels

São uns quinhentos metros de extensão com um comércio libertário onde tem de tudo. O final da tarde dá a largada e depois das 11 vai virando xepa e minguando... Mas enquanto há uma única barraca montada, a possibilidade de venda continua.


Doutor iaquissoba

Nosso vizinho... garantia da cerva + em conta

rei do caraoquê (o quê?)

“Sou fundador das feiras aqui em Cuiabá... Tenho mais de quarenta anos disso”, diz David, que vende carnes, mas que começou com cereais. Sujeito bom de conversa. E aproveito para assuntar. Ele me diz que esta feira, junto com a do CPA e a do Coophema, são as melhores. Nossa conversa é ligeira, enquanto ele atende uma freguesa.  

El fundador
O perfil do feirante aqui em Cuiabá não é bem aquele que ganha no grito, que tem humor pitoresco, às vezes malicioso, para conquistar a freguesia. “Olha a manga, gostosa”, “Moça bonita não paga, mas também não leva”, “Ovo e uva boa”... Expressões desse tipo não são comuns. A coisa parece ser mais família: pero que hay, hay... 

Josê e filha 


Figura ilustre do bairro

A feira, propriamente dita

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