segunda-feira, 16 de maio de 2011


As ilustrações deste post estão legendadas com frases deste cara 

Esse é um assunto que normalmente as pessoas não gostam de tocar, mas é indiscutível e irrefutável a sua certeza: a morte. Um fato idêntico ao nascimento. Quando acontecem fazem aparecer ou desaparecer alguém do cenário do mundo. Não estamos falando do sagrado, mas do mistério que ela encerra: o fim ou o começo? Ou nada? O padecer do corpo físico é compreensível, uma pessoa idosa ou muito doente é a conseqüência inevitável de um corpo cansado ou falido. E mais incompreensível e menos aceitável quando acontece com jovens ou por algo inesperado, repentino...



“Perto de mim Justin Bieber ainda é um espermatozóide.”



Morrer é tão desconhecido assim? Há filósofos que conceituam o pensamento como uma interrupção da ação, como afastar-se das atividades do cotidiano. Se a morte é a interrupção de todas as ações, então pensar é parecido com morrer? Outros já dizem que o homem é o ser que mais se angustia com a morte, transformando-o no único ser mortal. Os demais seres vivem e morrem, sem consciência da mortalidade individual.

“O frevo foi criado há 104 anos. Ou seja: só tive um ano de sossego desse pessoal pulando de guarda-chuvinha.”

Procuramos cada vez mais esquecer a morte, a vida está ta em alta, cada vez mais longa e a mensagem é viver intensamente.  Três assuntos nos levam a escrever sobre o tema: a morte de Bin Laden e o ritual fúnebre que lhe foi negado.  Outro foi o post no site do Enock sobre a decisão da população da Suíça em manter o direito de escolher quando e como querem morrer. Por último um email (daqueles que é mandado para todos) com frases supostamente ditas pelo arquiteto brasileiro, já beirando os 104 anos: Oscar Niemeyer.

“Queria muito encontrar um emprego vitalício. Só para garantir o futuro, sabe...”


Estar cara a cara com a morte. Morrer. E este texto, gente, desculpem-nos a franqueza, está morrendo. Agoniza a cada frase, cada palavra e cada letra. Nosso texto, sinceramente, morreu. Mas só morreu pra você, leitor ou leitora ingrata. Porque ele continuará vivo, azucrinando sua cachola. É o que esperamos.

“Nunca penso na morte, nunca. Vou deixar para pensar nisso quando tiver mais idade.”


Um comentário:

  1. Aliviada constato que a indignação não é pertinente somente ao nosso Grupo e aos que nos cercam. O vazio cultural é visível apesar daqueles que afirmam que o movimento está avançado.
    O que é avanço para eles? Percebo que a falta de conhecimento ou convivência com movimentos culturais de expressão, passados, os deixa sem referência. Compreendo-os mas não esmoreço e sigo convicta que a transformação virá, para melhor.

    Ilustrando movimentos passados entre tantos cito “A Festa Internacional do Pantanal” onde o artista contava com espaços que se não eram de honra, davam muito bem para o gasto.Éram prestigiados.

    Em se falando de dança, a concorrência entre as escolas e academias foi muito saudável e de alto padrão. De Lennie Day a Ana Botafogo, todos queriam apresentar e dar o melhor de si. Quem ganhava com isto? Os alunos, os profissionais de dança, a comunidade em geral.

    Que saudades do espetáculo Mato Grosso meu Sertão com a participação da cantora regional Vera Capilé, apresentado pela Cia de Dança
    Ballet de Mato Grosso. Aplaudido por grandes platéias,autoridades e imprensa em geral, manteve-se em cena por mais de 5 anos, incentivando jovens bailarinos, formando-os profissiolmente, educando-os para a Vida.

    Outro dia deparei-me com uma inquisição,que de santa não tinha nada, envolvendo platéia e secretários, em um canal local de televisão.Lembrei-me dos fóruns, seminários, mesas redondas, encontros culturais, onde jovens e militantes eram bem informados sobre as questões pertinentes à cultura de nosso estado. Onde andam os nossos mestres? Artistas? Sei que alguns que mudaram de profissão pela própria sobrevivência e outros,de Estado.

    Será que “água mole em pedra dura tanto bate até que fura”? Vale a tentativa Lorenzo e Fátima. Vale a coragem, a escrita como instrumento.

    Penso que na cultura matogrossense não existe pioneirismo. Muito foi feito. Está nos autos,nos registros, existem as formulas.Pra que inventar se é só recomeçar....
    Há anos estudo um título para um livro: Como viver de dança no país do futebol!
    Agora, me vejo a refletir: (...) no Estado da Copa. Bem, mas isto é outro assunto.
    Até breve.

    Maria Hercilia Panosso

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