domingo, 8 de maio de 2011

Não, nada de Dia das Mães neste domingão, a não ser um abração pra Rosinha e Zélia, mães da dupla do Tyrannus. E a culpa é desse cidadão aí do lado, Alexandre Lorenzetto, amigo que aportou em nossa casa, na segunda-feira passada, e nos propôs uma viagem rápida, quase 40 horas, para o weekend, com escalas no pantanal de Poconé e na Chapada. E nós dois, sempre plantadíssimos em casa, não poderíamos recusar a ousada proposta.


O Alê e sua companheira Gali nos receberam ano passado, em Manzanares el Real, cidadela a meia hora de Madri (http://tyrannusmelancholicus.blogspot.com/2010/11/castelo-de-manzanares-el-real.html). Voltaram para o Brasil, estão em Curitiba. O Alê precisou vir a Cuiabá para agilizar a criação de uma reserva particular. Curtimos o convívio com o cara, (ele teve um comportamento exemplar aqui, viu Gali?!). Foi legal essa experiência “on the road” quando percorremos perto de quatrocentos quilômetros. Zarpamos de Cuiabá na sexta, oito da noite, após ensaio no Coral Sescanta, chegamos à Estância Curicaca (Poconé) quase onze da noite. De lá saímos às três da tarde no sábado, rumo à Chapada, onde dormimos e retornamos a Cuiabá no final da manhã domingueira, a tempo do Lorenzetto embarcar pra Curitiba.

Olhar de jacaré


Cair na estrada é sinônimo de aventura e diversão. Precisa mais alguma coisa? Sim, a gente tava mesmo necessitando da paz. Da tranquilidade que só ambientes rurais e cidades pequenas propiciam.  Ao longo da peregrinação ficou acordado que eu seria o capitão, o Alê o imediato e a Fátima a assistente de ordens. Deu tudo certíssimo.


A Estância Curicaca fica a uns 20 km na Transpantaneira. Tem uma ótima estrutura, com vários bangalôs no meio de uma mata margeada por um corixo, com águas calmas e escuras. Faz a diferença as edificações não serem acopladas, o que significa que entre os apartamentos e demais cômodos, grandes árvores amenizam o forte calor pantaneiro. Além disso, a ausência total de animais domésticos favorece a presença dos bichos silvestres, fáceis de visualizar. Jacarés, cotias, pacas, lobetes, bugios, mutuns, gaviões, saracuras, e mais uma infinidade de aves e pássaros coabitam pacificamente com quem está por ali permitindo, inclusive, uma proximidade incrível.


Tentando contato

Abraço apertado


Atrapalhando o trânsito

Caminhar pelas trilhas na mata, pela estrada de acesso à pousada, subir num mirante instalado numa grande e antiga árvore ou navegar pelo silencioso corixo é usufruir ao máximo da ambiência pantaneira. Tratamento vip foi o que recebemos. Na Curicaca o despertar vem com a algazarra de araras, papagaios, japuíras e o implacável martim pescador.


Paisagem pantaneira
O pantanal é essa coisa toda, única, maravilhosa, que enche os olhos e nos faz questionar a forma como é tratado e cuidado.


Zarpamos para a Chapada. A Estrada Parque Transpantaneira tava cheia de gente e muito mais chegando, gente das redondezas, pra pescar. Tudo muito tranquilo.


Na chegada a Chapada a dúvida: vamos ou não imediatamente para o mirante? Na dúvida, não fomos. Direto pra casa dos nossos amigos do coração: Louriza, Juliano, filhos e neta... família inteira. Conversa vai, conversa vem, assunto em dia. Como já tinha sido combinado, ficamos com a casinha na árvore, sonho de fetiche: a expectativa de uma noite a “la Tarzã e Jane”.

Eu, Tarzan. Você, Jane

Partimos pra night lá pelas sete. Destino: jantar no Vivenda Gastronômica, ver Veronica e André e apreciar a deliciosa comida italiana. Necas. Tava fechado! Próxima parada, Pomodoris. Curtir uma noitada de jazz . Foi ali que nós três amarram a égua. Cervejas e mais cervejas... amigos e mais amigos foram rolando. Ramon, da TantaTinta, que nos presenteou com quatro livros inéditos, saídos da gráfica, do Ricardo Dicke, depois Mauricio Curvo e a filha, Antonia, Amauri Tangará, Paulo Traven e dá-lhe cerveja, empadas e sardella. O show de jazz foi dez. Resultado: pouco antes das onze estávamos travados, melhor dizendo, chapados.

Cavalheiros do Apóscalipso


 Assis e Toni Maia


Fomos dormir e à noite na casa da árvore, só não teve gritos do Tarzã, o resto rolou.

A noite vai ser boa...





Despertamos com ressaca, também pudera! Café com Juliano e Léo. Muita conversa sobre musica e bike. O objetivo era sair rapidão para o Parque Nacional da Chapada. Antes disso, rápida passagem pela Igreja de Santana. É isso mesmo. Tava rolando um batizado coletivo, a Fátima e o Alê queriam encontrar a Andréia Fanzeres, jornalista do Oeco, era o batizado da Joana, filha de um aninho. Depois do social, zarpar para o parque. Antes, uma paradinha, para um abraço na Lucia Misorelli, amiga das antigas que retornou...


Chegamos ao Parque. Decepcionante para a dupla do Tyrannus. Também pudera. Conhecemos e andamos por ali antes de ser área protegida, livres, leves e soltos. Agora tivemos que nos contentar com uma trilha feia, mal ajambrada, que quase não permitia ver a linda paisagem do Véu de Noiva. Logo nós, que tomávamos banho em todas as cachoeiras, acampávamos e subíamos o Morro de São Jerônimo, pra ir na casa do ‘seo’ Ramiro.... Mas sabemos que se não fosse a criação do Parque a área toda tinha virado condomínio fechado!!!!!!! Para o Alê, conhecedor de vários parques nacionais do Brasil, Argentina, Chile e Espanha, restou a indignação.


Atrapalhando a visão

Imediato, assistente e capitão

Enfim, chegamos em casa. Despachamos o Alê, com o coração cheio de alegria, mas o estômago vazio. Então... Vinho, cerveja e a produção de um almoço especial, digno de um Dia das Mães: pirê de inhame, badejo com molho de camarão, salada básica e torta. E para coroar o domingo, Santos e Corinthians.

Belo dia

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