segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Cartola, Tom Zé e Lobão


Rainer Maria Rilke falou e disse
“Música, o hálito das estátuas”. A frase é de Rainer Maria Rilke, natural de Praga, capital da República Checa, acusado de ser um dos mais importantes poetas de língua alemã do século XX. A música é uma arte extremamente sensorial. Todos os dias são de música. É difícil imaginar a possibilidade de qualquer pessoa, em qualquer lugar do mundo, passar um dia inteiro sem uma lasquinha de música, que seja.
Ao percorrer as ruas cuiabanas reparamos que muitos jovens, sob o causticante sol, transitam pelas mesmas ruas, levando a tiracolo instrumentos musicais. Gostamos de ver isso. Dizem que a arte é alimento para o espírito. Seria a música uma sofisticada sobremesa?
Onze de outubro, segundo um tal de Senhor G, registra o nascimento de personagens da música brasileira: Cartola (1908), Tom Zé (1936) e Lobão (1957). Seria possível, ou ideal, que uma mesma pessoa apreciasse os sons que emanam desses três artistas? Eu diria facilmente que sim, com base no fato de que João Gilberto, um músico que não se rende a uma intensa abrangência musical, já gravou Lobão. Bom, se gravou Lobão, acreditamos que poderia (ou será que já rolou?) muito bem gravar Cartola e o Tom Zé.
Elegância

Irreverência

Replicante
 Fazer um paralelo entre estes três artistas é uma tarefa nada fácil. Cheguei a pedir ajuda para um jovem que curte muita música e conhece sons de muitos artistas, apesar de ter apenas vinte anos. Indaguei-lhe qual dos três agradaria mais a sua geração. Ele sugeriu o Cartola, embora reconheça que não saberia avaliar com muita certeza. Estou quase concluindo que o elo mais significativo entre eles é mesmo a data natalícia.
Um encontro desses três, supondo que Cartola ainda estivesse vivo... Como seria possível conversar numa roda de três, onde dois são faladores ferozes e compulsivos?  Coitado do Cartola. Ainda bem que como ele as rosas não falam e tampouco precisam.

Fico com a impressão de que ao se analisar o conjunto da obra de cada um desses três, Cartola, parece que tem mais o que falar ou mais nos agrada.



Mas os artistas da música são assim mesmo. Uns mais midiáticos e faladores, enquanto outros são mais produtivos, musicalmente falando. São dois cariocas, um do morro, o outro do asfalto; e mais um baiano arretado. Um trio significativo da pluralidade dos sons que brotam deste país.
David Byrne: redescobriu Tom Zé 
Hoje a lua tá ofuscada pelas nuvens. A partir das 23hs05 minutos estaremos sob a influência da lua cheia, alcançando a culminância que iniciou com a lua nova. Esse fato, particularmente hoje, reflete em nosso temperamento... deixando-nos menos inspirados, menos oníricos, que coisa... Então é isso, os artistas brasileiros que nasceram nesta data e o que encerrou seu show, mais cedo: Renato Russo, cantor/compositor, musicista dos bons.


Resta-nos a esperança de que o onze de outubro, para os cuiabanos mais ecléticos,  seja marcado com alegrias e inovações. Hoje à noite rola, no Garage, o show de lançamento, em Cuiabá, do novo CD da banda papa-peixe, Vanguart: “Uma Parte de Mim Vai Embora”. Bora lá, ô meu!

3 comentários:

  1. Texto meio desconexo cara, mas desconexo descreve bem a música de Tom zé, se bem que musicamente seja genial.

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  2. Olá,
    Achei esse blog enquanto procurava conteúdos sobre o Cartola. Interessante a postagem!
    Abraços,
    Lu Oliveira
    www.luoliveiraoficial.com.br

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  3. Não seria a forma como foram descobertos Tom Zé e Cartola, um fator que os une?

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