sábado, 27 de outubro de 2012

Dureza


James Bond morreu... Morreu pra você. Você que é uma pessoa ingrata. Porque vi, tudo bem que foi na televisão, mas vi e ouvi, de sua própria boca que um dia a terra há de comer, que seu hobby é ressuscitar. Contracenando com o inglês galante e elegante, o espanhol mutante: Javier Bardem, que agora me aparece de loiro platinado. Isso é pra quem pode, não pra quem quer. 


Amanhã, 2º turno das eleições pra prefeito em Cuiabá, em mais um monte de cidades e em 17 capitais brasileiras. Imagino o sofrimento durante a apuração. Pra maioria das pessoas é um caso que acontece de vez em quando. Eu já sofro semanalmente, todas às vezes que o Fluminense joga. E não posso reclamar desse meu time e das emoções que tem me proporcionado. No dia em que estiver tirando meu time de campo, aqui na terra, certamente, hei de me lembrar do Roberto Carlos com aquele seu versinho magistralmente medíocre: "o importante as emoções eu vivi". Em parte, graças ao futebol. Na outra parte, por conta de muitas e muitas coisas que confessarei, um dia, que vivi.

Wellington Nem
Quem sabe da minha vida sou eu. Um dia perco a memória e no outro a agenda. Mas, perder a pose...? Isso nunca. Reconsideremos, no entanto: nem todo mundo que não perde a pose, morre duro. Não estou morrendo... Tudo bem que posso estar um pouco duro. Mas tô assim porque tem gente que me deve e que não sei se nega ou não, e que também nem sei se vai pagar quando puder. Duro, mas não morto. E posudo.

Slavoj Zizek
Há meses, talvez mais de ano, um filósofo moderno numa entrevista disse que a religião, as ideologias e os governos perderam totalmente a credibilidade. Hoje, segundo o cara, só a força do capital - a grana mesmo, é que está por cima. Noutras palavras, o dinheiro é o deus deste mundo contemporâneo. Penso comigo mesmo: agora sim, fudeu geral... faz horas que não acredito em religiões e nem em governos... e o dinheiro, não tenho. Então, segundo minha ideologia (ainda devo ter alguma), deus me abandonou.

Mas, não importa. Agora que estamos com o site na internet (tyrannusmelancholicus.com.br), tudo vai mudar. Ontem, por exemplo, até ameaçou chover aqui em casa. Não choveu, mas bateu um vento. E o vento levou nossa imaginação para além da estratosfera.



Deus

a ideia que tenho de deus
é como um sujeito
que saiu pra comprar cigarros
e depois...

você já sabe.
não é que eu seja
um ateu convicto,
ou à toa.
o problema todo
é que eu também fui,
com ele, comprar os malditos cigarros.
dizem que deus é bom
e é pai.

e eu sempre gostei
de andar muito bem acompanhado.
                                          (L.F.)

2 comentários:

  1. sua imaginação pode estar na estratosfera, mas é nesse ponto que poderá ter uma visão perspectivada dos fatos. abraços e bons textos o que venho ler nesse sítio.

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  2. muito obrigado pela força afonso... abração

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