quinta-feira, 7 de abril de 2011




Chover, chover e chover...  Quase que cotidianamente, desde que 2011 começou. Pelo menos em Cuiabá. “Parece que vai chover” aí me lembro de Andie Mac Dowell, gatíssima, em “Sexo, mentiras e videotape”, o melhor filme de Steven Soderbergh, sentada na escada da varanda, olhando pro céu. Cena final. The End.

Ela (Andie) e ele (James)

Não me lembro de ter visto tanta chuva assim ao longo de todo meu histórico nesta terra. Eu odiava a chuva. Um sentimento rancoroso que começou, desconfio, em meus tempos de motoqueiro. E depois continuou. Só que neste ano já choveu tanto, que parece que aprendi a aceitar a chuva. Deixei minha intolerância contra a chuva pra trás.







Intolerância. Uma praga do mundo moderno. Coisa que se alastra e as pessoas nem percebem. Somos sete bilhões de pessoas espalhadas neste planeta que vai se tornando uma merreca pra esse mundaréu de gente. Somos diferentes entre nós, apesar das semelhanças, e do amor e outras coisas superiores que passam ao largo da nossa intolerância coletiva.




Nesses últimos dias a intolerância tem sido uma pauta constante: o pastor americano queimando o alcorão; Preta Gil sendo destratada pelo deputado Bolsonaro; Michael, o jogador de vôlei que foi perseguido pela torcida em Minas Gerais por ser homossexual; Neymar e a casca de banana... E muitas outras situações onde nos falha a memória nesta hora. Ainda não vivi o suficiente para escrever com clareza e certezas sobre essa questão que é a intolerância. É porque também acho que nos é dado o direito de não tolerarmos certas coisas. Seria muito óbvio apenas escrever que intolerância e radicalismo são uma combinação perigosa.


Na verdade, antes de entrar neste tema, imaginávamos que iríamos além. Mas agora, quando o assunto já vai se esgotando, “parece que o tempo ainda está fechado”, pode chover...  


"Ponha um arco íris na sua moringa"





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