domingo, 10 de abril de 2011

Hoje assistindo o filme “Encontros e Desencontros” de Sofia Coppola, num diálogo entre o personagem Bob (Bill Murray) e Charlote (Scarlett Johansson), ele falava da mudança que ocorreu no seu casamento após o nascimento dos filhos, do sentimento de se sentir dispensável nessa relação mãe X filhos e finalmente disse: os filhos são as pessoas mais impressionantes que você conhece na vida.





Nosso primeiro encontro foi com a Beatriz e depois com o Vítor. E a partir daí muitos e muitos encontros e muitos e muitos desencontros agradáveis e desagradáveis para os quatro, não necessariamente para os quatro e não necessariamente nessa ordem. Na verdade, mais na desordem, no nosso caos...  


Ninguém nasce pai e mãe. Mas que é uma experiência que vale a pena... Ô se vale. O aprendizado pega a gente de surpresa, principalmente, durante e quando achamos que sabemos tudo. E eles batendo em retirada. Às vezes dá vontade de voltar, de rebobinar (quando ainda era possível rebobinar) pra começar de novo. Neeeeeem pense nisso!!!! Tá louco!!! Passar por toda a loucura de novo, nem f... É isso. Passou, tá no passado.




Álbum de família

Agora eles, os dois, estão fora de casa. E a gente, eternamente, querendo armar reencontros, nem que seja pra desencontrar quando se encontrar.  Pela primeira vez em 22 anos (!!!!!) ficamos, os dois, de novo sós. Claro, que não é como antes de tê-los. Ansiosos, esperamos notícias, mensagens, torpedos, emails. E bisbilhotadas no “facebook”. Faz parte.

Beatriz não mora mais conosco há cinco anos. Vive no Rio de Janeiro, mas já morou quatro meses em Los Angeles. Na sexta foi o bota fora do Vítor, que vai viver seis meses em Golden Coast, na Austrália, estudando inglês. E ficamos os dois solamente. Com a saudade dobrada. Agora, nossas duas ‘crianças’ estão fora. Buáaaaa... snif... Mais cedo ou mais tarde, pais provando o gosto da separação, os filhos são para e do mundo.


Rumo à terra dos cangurus


Momentos antes do embarque

 Ele viajou com um grande amigo, o Gustavo Honório. Com aquela cara de “saudade do filhinho”, este casal de blogueiros e mais os pais do Gustavo, Donizeti e Ana Cristina – eles ainda com a caçula, a Mariana, a tiracolo; embarcamos nossos rebentos. E uma grande galera foi ao aeroporto pra se despedir dos amigos viajantes. Improvisou-se uma pequena farra e o mais difícil foi embarcar a dupla. Abraços, beijos, muitas fotos e a emoção que às vezes aflora as lágrimas.

Não sabemos o que passa pela cabeça dos jovens de hoje. O que passa na cabeça dos pais que vivenciam esse tipo de situação que sela uma ausência temporária, ah! isto sim. É a saudade que fica, um vazio, e a maior torcida do mundo pra que tudo dê certo pra eles lá do outro lado do mundo. E que coisa bonita a presença dos amigos prestigiando a partida.




Quando chegamos em casa fomos ao facebook do Vítor. Estava lá uma foto do Cartola. Ele é apaixonado por música e já nos ‘roubou’ vários ídolos. Legendou: “Que a festa do adeus seja a festa da vinda”. E, claro, a música do grande sambista, “Festa da Vinda”. Ouvimos, só pra chorar mais um pouquinho. Vai conhecer e conquista o que é seu... o mundo. A gente te espera. Sempre!!!  


Só mais um conselho, filho



Fui...





   

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