quinta-feira, 14 de julho de 2011

A maré baixa de Murdoch

Quando parece que tudo de ruim tinha acontecido, não é que sempre tem mais... Pois é, resolvemos aproveitar a maré “baixa” do poderoso empresário da comunicação mundial, nada mais nada menos que Keith Rupert Murdoch, presidente da “News Corporation”, pra descer o nosso pau too.

Murdoch está no centro de um escândalo de escutas ilegais praticadas por jornalistas do seu “News of the World”, tablóide sensacionalista inglês de 168 anos, com uma tiragem de 2,8 milhões de exemplares a cada domingo e que botou em cheque a ética jornalística praticada.  

O escândalo detonou depois que se tornou público que um detetive, que trabalhava para o jornal, teria grampeado o telefone de uma garota que tinha sido sequestrada, em 2002. A manipulação das mensagens, obtidas através do grampo ilegal, fez com que a polícia e a família acreditassem que ela ainda estaria viva, já que sua caixa postal continuava ativa. Essa foi a ponta do iceberg. Depois foi revelado, que na busca de exclusividades, o “News of the World” colocou escuta em celulares dos familiares de soldados britânicos mortos no Afeganistão; de vítimas de casos policiais; de parentes de vítimas dos atentados terroristas, em Londres; do príncipe Willian; de celebridades como o ator Hugh Grant, Sienna Miller e Gwyneth Paltrow; e de esportistas e políticos. Um tipo de jornalismo bastante questionável, pra não dizer inadmissível.

A News Corporation é uma empresa que controla estúdios de cinema e canais da TV paga (FOX), o My Space, o Jornal New York Post (atualmente está de portas fechadas) e: tchan... tchan... tchan... as operadoras de TV por assinatura Sky e DiretcTV.  E o Murdoch tá envolvido até na tampa nessa comunicação às avessas. Não que a gente estivesse acompanhando o passo a passo dessa história toda. Quem nos alertou sobre os tentáculos do Murdoch, na verdade, foi a mãe dos burros, a “Wikipédia” que, calculamos, seja a muié moderninha do “pai dos burros”, o dicionário.  

E a pisada na bola do jornalismo praticado pelos servidores do Murdoch torna-se cada vez mais notória. Poderoso do jeito que o cara é, a mídia mundial, tá repercutindo isso bastante e vamos ver no que vai dar. Será que vai dar?


Mas a nossa bronca particular com o Murdoch é por causa da Sky, a única TV paga via satélite no Brasil. O problema dele em relação ao jornalismo “sensacional” e de caráter duvidoso que seu tablóide vinha fazendo, esperamos, receberá a devida punição. E voltemos à Sky, uma assinatura que temos a mais de 15 anos, bem antes da Sky açambarcar a DirecTV. 

Não, não estamos contradizendo o que já citamos várias vezes aqui no Tyrannus. Perto das TVs abertas, ela (a Sky) é o paraíso. Êta paraíso caro! Pelo preço que pagamos (uns 300 pilas mensais), deveríamos ter algo melhor, mais opções, mais qualidade. Mas... vivemos no paraíso dos monopólios. Então é a Sky ou algo mais em conta, mas com qualidade menor!
Não deu pra entender quando apresentaram alterações no formato e não no conteúdo, dizendo que a inovação veio pra facilitar. Quem idealizou essas mudanças, parece que não assiste e não entende bulhufas em relação a oferta de um serviço diferenciado ao usuário.

As fichas técnicas dos filmes são vergonhosas, deixando muito a desejar. Quiseram melhorar, mas não deu em nada... a gente navega pela TV, fica clicando aqui e ali pra chegar a nada. Conforme se diz, trocaram seis por meia dúzia. Os resumos dos filmes são fraquíssimos. Às vezes sem o ano de produção, a nacionalidade do filme é coisa que o telespectador tem que adivinhar. O nome do diretor vem depois de uma sequência de nomes de atores/atrizes.  E acima desse quadro, vem um número indicando quantos nomes têm no quadro... Pra que isso?!

Há um monte de filmes que são dublados, e sem opção de se usar a legenda. Tudo bem os filmes dublados, porque tem gente que prefere assim... Pô, mas a maior parte desses filmes também deve ter uma versão legendada que poderia ser oferecida ao contratante. Grandes concertos de orquestras são raros, poucos. Ah, e as óperas, essas praticamente inexistem. Os amantes do canto lírico, segundo a Sky, parece que tem mais é que se f...

Pô Murdoch, vê se resolve logo esse seu problema de jornalismo invasivo, anti-ético e inadequado, que em nada colabora para mudar o mundo. Resolve essa pendenga e, por favor, apresente-nos também uma proposta de TV por satélite mais decente. A Sky bem que podia ser uma opção mais sensacional. Ops... sensacional num outro sentido, claro. 
 

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