segunda-feira, 13 de junho de 2011

A gente vai vivendo um dia após o outro e se depara com situações que não dá pra acreditar...

Agora me aparece esta do marimbondo-mor de fogo: “O fim do sigilo secreto da história do nosso país pode abrir feridas”. Quem? O senador José Sarney. Ele fala do projeto que dá acesso as informações públicas, que passou pelo Congresso onde foi estabelecido o prazo de 50 anos para divulgar os documentos “ultrassecretos”.  Porém, agora existe a real possibilidade de se manter o sigilo eterno para documentos oficiais.




 A relatoria no Senado ficou com nada mais nada menos que senador Fernando Collor de Mello, protótipo mal feito do marimbondo-cavalo, que é contra a abertura de documentos sigilosos. Apenas os documentos da história moderna deverão ser liberados, o restante será engavetado, chumbado, esquecido até que um dia uma torneira vaze e dê luz a fatos que é do nosso direito, como cidadãos, ter conhecimento.


Os dois estão juntos (sempre estiveram). O poder do velhinho é tão grande que, no início deste mês, vetou a inclusão do “impeachment” na galeria “Túnel do Tempo”, que expõe a história do Senado  desde o império aos dias atuais. Segundo o marimbondão, não se trata de um fato “tão marcante” e, “talvez fosse um acidente que não devia ter acontecido na história do Brasil”. No dia seguinte, por conta da manifestação da mídia, historiadores, população e etc. o marimbodão-mor, de ressaca, permitiu a exposição do registro histórico desse momento-cidadão brasileiro (historiadores dizem que ambos temem a divulgação de documentos com informações de seus próprios governos, é obvio!!!!!!).   




Espanta-me a nossa presidenta, a abelha rainha, que lutou entrincheirada contra a ditadura e a opressão, que se apresentou como a paladina dos justos e oprimidos, eleita democraticamente por uma nação que pode e quer corrigir seus erros, acompanhar a cabeça dos dois marimbondos moribundos.


“Ó abelha rainha, faz de mim
Um instrumento do teu prazer
Sim e de tua glória
Pois se é noite de completa escuridão
Provo do favo do teu mel
Cavo a direta claridade do céu
E agarro o sol com a mão”.
(Mel, Caetano Veloso e Wally Salomão)


Esperamos nós, as milhões de abelhas operárias, o dia de provar da geléia geral brasileira.


“Um poeta desfolha a bandeira e a manhã
Tropical se inicia
Resplandente, cadente, fagueira num calor
Girassol com alegria
Na geléia geral brasileira que o jornal do Brasil
Anuncia
Ê, bumba-yê-yê boi, ano que vem, mês que foi
Ê, bumba-yê-yê-yê é a mesma dança, meu boi.”
(Geléia Geral, Gilberto Gil e Torquato Neto)


E o Tyrannus vaza de mansinho nesta hora. Vazar é uma boa. Porra, que deixem a história do Brasil vazar. Que ela extravase. Hoje, nosso post é vazado nestes termos.





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