quinta-feira, 16 de junho de 2011

Um eclipse lunar diferente. O mais longo de 2011e aconteceu hoje (15). Ficaram alinhados o sol, a terra e a lua por umas três horas. Os africanos, o pessoal do oriente médio, da Oceania e Ásia viram o fenômeno do início ao fim. Já os americanos não foram contemplados com esse espetáculo.  Nós e os europeus, vimos só o finalzinho. É melhor que nada, porque nos outros dois eclipses que ainda acontecem neste ano, não serão visíveis no Brasil.


Eclipse vem do grego, significa desmaio. O eclipse lunar ocorre porque o Sol projeta a sombra da Terra sobre a Lua fazendo-a desaparecer, gradualmente, por algum tempo.  Astrologicamente, quando acontece um eclipse lunar há um confronto entre o futuro e o passado. Para o futuro vencer, hábitos arraigados e apegos desmesurados devem ser substituídos abrindo assim possibilidades para se tomar novos caminhos.


A lua em Cuiabá


A lua e a bola branca brilharam esta noite. Uma boa partida de futebol é coisa que mexe com a gente. E essa história de Libertadores implica na rivalidade sulamericana que é mais forte quando tem Brasil e Argentina. Vencer é sempre bom. Ruim é perder pra Argentina. Pro Uruguai, até que passa. E é pra lá que a gente foi, pela televisão. Torcendo pelo Santos, contra o Peñarol, time uruguaio de tradição na Taça Libertadores.


País simpático o Uruguai, com seus 3,3 milhões de habitantes. Lá na terra de nossos hermanos, que despacharam o Brasil na final da Copa do Mundo de 1950, em pleno Maracanã, todas as crianças ganham um laptop do governo. Isso é que é inclusão digital. O Uruguai é a terra onde nasceu o célebre poeta e escritor Isidore Ducasse, também conhecido como Conde de Lautrèamont, autor de Cantos de Maldoror. Mas ele viveu só até os treze anos no país, depois se mandou pra França onde fez sua emblemática carreira literária. É considerado um dos precursores do surrealismo.



Lautréamont, surreal



Em campo, Santos e Peñarol fizeram aquele resultado que é o pior de todos: zero a zero. E Neymar, de cabelo novo, meio clareado, não estava com aquela bola toda. Não vou dizer que ele amarelou, mas tomou um cartão amarelo, do Amarillo, juiz paraguaio. Na próxima semana tem a partida de volta aqui no Brasil e aí a coisa vai ter que desempatar. Estaremos torcendo novamente pelo Santos e tomara que a bola branca do Neymar não seja eclipsada.


Cai, cai



Bom, teve placar zerado lá no Uruguai, o primeiro país sulamericano a reconhecer a união estável homossexual, outra característica de uma sociedade justa que sabe lidar com os preconceitos. E já que a conversa foi pra esse lado, cabe aqui lembrar a carta do ex-jogador Toninho Cerezo, que voltou a ser assunto na mídia hoje. Cerezo é pai de Lea T, aquela mesmo que faz sucesso no mundo da moda. A carta foi publicada na edição de abril da revista Lola Magazine e pode ser conferida na íntegra em http://lolamag.abril.com.br/sociedade/perfil/dois-filhos-em-um-a-carta-de-toninho-cerezo-para-a-filha-lea-t/. Abaixo o machismo no futebol e viva o golaço de Cerezo.

O pai da Lea T.


  

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