terça-feira, 24 de abril de 2012

Bola na trave

Bife, craque dos  800 gols
“D... d.. dá... cha...chapéu, mas num marca  gol”. O zagueiro Gaguinho era um dos melhores beques do futebol cuiabano/matogrossense nos anos 70. Gaguinho, percebe-se, era gago. Disse a frase que abre nosso texto para Bife, o melhor atacante que já passou em nossos gramados, após ser chapelado pelo Bife. Outro grande craque daqui, Pelezinho, que fez até gol olímpico contra o Vasco, morreu muito cedo em acidente e não pode “completar” sua trajetória. Gaguinho mostrou sabedoria com essa frase. Porque no futebol, jogar bonito, ou bem, não garante resultado. Sempre foi assim e talvez por isso mesmo o futebol seja um esporte tão interessante. A imprevisibilidade é demais...

Pois é, três resultados ruins e o grande Barcelona, o melhor time do mundo, não tem mais chances de conquistar o Campeonato Espanhol e está fora da Copa (ou Liga) dos Campeões, certame europeu que define o clube bambambam lá do velho continente. O Barça, com Messi e toda aquela arte estratégica de envolver o adversário e dominá-lo, com a posse de bola por mais de 70% da partida, muito mais finalizador do que seus adversários e mais um monte de estatísticas favoráveis, simplesmente e inacreditavelmente, sucumbiu.

Drogba, do Chelsea, estilão cai cai

Ramires e o gol estiloso

Perdeu de 1 X 0 pro Chelsea na semana passada lá na Inglaterra, no final de semana perdeu de 2 X 1 pro Real Madri, de Cristiano Ronaldo; e nesta terça (24) só conseguiu empatar (2 X 2) na partida de volta contra o Chelsea, jogando em seus domínios, em plena Barcelona.  



Foi apenas uma partida de futebol!

E o Messi, disciplina e habilidade que só ele tem, porque o Neymar é outra história, mandou duas na trave, uma delas num pênalti desperdiçado. “Bola na trave não altera o placar”, diz a letra do Skank. É a graça do futebol... Para muitos, uma desgraça. Mas o inchaço da cabeça não há de durar muito. Se durar, se permanecer e provocar comportamentos estranhos, aí passa a ser patológico.  

Dessa história toda dá pra tirar um ensinamento: Invencibilidade não existe. Perder também faz parte do jogo. Por um simples acaso ou por algo muito mais extraordinário, chega uma hora em que as coisas mudam. Impérios foram construídos e demolidos; líderes transformarem-se em ditadores; o povo que dá a volta por cima e derruba governos; poderosos caíram por não se sustentarem no alto de sua arrogância, esquecendo-se que seus pés são de barro.  O mundo é uma bola, que gira conforme determina a natureza.





O lance é aproveitar as marés boas no jogo. E no amor também, porque não. Sorte no jogo infelicidade no amor? E se for felicidade no amor... Será que não cabe um palpite duplo? Afinal, quem manda no jogo... e quem manda no amor?      


Nenê Andreato clicou o gol olímpico do Pelezinho

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