quinta-feira, 7 de junho de 2012

Dá um F5!


Um F5 na vida...
“Cadê o enter?”. Pergunta um garoto de nove anos ao se deparar com uma máquina de datilografar pela primeira vez na vida. Explicaram que ele estava diante de um protótipo jurássico de um computador. O garoto, com essa histórica informação sobre o passado da era da pré-digitalização, deu um F5 em sua vida. Sim, porque para atualizar, evocar os tempos pretéritos também faz parte.

Conheço um casal de octogenários que está em plena forma. Trabalham bastante e curtem a vida. Porém, há dois ou três anos, a mulher sentiu que faltava algo em sua vida. Começou a aprender informática e hoje se vira sozinha com as lides internáuticas. Quer dizer, sabe o basicão, mas volta e meia precisa de um suporte técnico. Igualzinho eu mesmo. E não demorou, o marido foi pelo mesmo caminho. Como gosta muito de canto lírico, desconfio que esteja viajando pelos caminhos do youtube. Daqui a pouco poderão vir a ser um casal de hackers da terceira idade.

Essa dupla dinâmica também se autoaplicou com o tal F5. Diferente do garotinho citado lá no primeiro parágrafo, o casal buscou algo em direção ao futuro, e não ao passado, como muitas pessoas idosas costumam fazer.  De uma forma ou de outra, atualizar-se é bom. E às vezes extremamente necessário. Hoje, com a tranqueira digital que nos persegue, fica muito mais fácil. Uma das coisas que me enchia o saco nessa história de passagem de ano era ter que atualizar minha agenda. Isso nos tempos da agenda física, o caderninho. Jornalista precisa de fontes e de círculo grande de amizades. E toda a virada de ano era aquela montoeira de nomes pra passar pra agenda nova.

Companheira de muitas noites adentro

Ainda não consegui abrir mão totalmente da agenda velha, que às vezes levo pra algum lugar, sempre caindo aos pedaços. Seria algum apego sentimental? Seriam os últimos gritos e sussurros de um sujeito ex-analógico?  Não sei, não sei, não sei... Tenho até ímpetos, agorinha mesmo, de largar este texto da hora, pegar a agenda velha brancaleônica e dar-lhe um sumiço. Mas, penso... Pra que toda essa coisa teatral e impetuosa. Não sou assim. Jogar fora a agenda velha, isso sim, é algo que deve encabeçar a lista das coisas que a gente pode deixar pra fazer amanhã.



Taí, vejam vocês como são as coisas aqui no Tyrannus. A intenção inicial era escrever sobre F5, aquela tecla importante do seu teclado, que atualiza as páginas da internet. Aí, quando a conversa já começa se encaminhar para o final, eis que surge um tema que teria sido bem mais de acordo com o inconfundível estilo, um verdadeiro achado, daqueles que é difícil de acontecer quando nos sentamos diante do PC com a divertida função de escrever um post. Tarde demais, perdi um tempão escrevendo estas bobagens sobre esse tal de F5... O que eu queria mesmo era ter desenvolvido algumas palavras sobre uma possível relação de coisas que a gente pode deixar pra fazer no dia seguinte.  

Vai ficar pra amanhã!
  

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