domingo, 3 de junho de 2012

Empilhados

Pilhagem de pulhas
É terrível quando falta pilha... Foram muitas as ocasiões onde de repente faltou pilha e por isso alguns fatos deixaram de ser registrados, deixaram de ser vistos e, pior, deixaram de ser feitos, porque faltou pilha. A dependência da sociedade por algo que armazene energia é imensurável. Ouvi dias desses que existem estudos avançados para a utilização de energia elétrica sem fio. Aí sim, ficaremos livres dessa dependência. Mas quando falta a energia no ser humano. Dançou! Não há nada que reponha a vitalidade, o entusiasmo, a gana e não existe a possibilidade de ir ali no mercado e comprar, substituir, recarregar. É só dentro da gente mesmo que é possível encontrar o desejo, a força vital, a ânima...

Faltou pilha para o esporte brasileiro no domingo. O futebol e o vôlei. Dois esportes em que o Brasil costuma se dar bem, não deu. Perdemos, porque estávamos apáticos, desanimados, desatentos, respectivamente, para o México e para a Polônia.



E presta atenção, porque assim como o criminoso costumava ser o mordomo nos filmes de suspense; nos esportes, em caso de derrota, o culpado geralmente é o técnico. Assim sendo, Mano Menezes, técnico de futebol, parece que tá com a pilha nas últimas e sem graça. Já o Bernardinho, é pilhado e até demais. Tudo em excesso não é bom, nem de mais, nem de menos. Culpados! 



Enquanto isso rola um faroeste dos bons, nem tão antigo na telinha. Filme do velho Clint, o Eastwood. O nome do filme remete aos técnicos: “Os imperdoáveis”. Não, não há controvérsias. Há apenas exageros. É que o desabafo de quem torce (e perde), precisa de um culpado. De um bode expiatório.

Perdeu, perdeu, e a gente tem que aceitar aquela mentira (verdade para uns): o importante é competir, não vencer! Pode ser assim? O importante é competir, não perder. Ou pelo menos empatar. Preparem o espírito de competitividade, estamos na véspera da Olimpíada. E vão querer me engambelar com um papo desses? Francamente... Agora ficamos pilhados.

Estamos cansados de ser pilhados. A história do mundo é calcada na pilhagem. Saques, roubos, destruição. O colonizador pilhando o colonizado sucessivamente. No Brasil não foi diferente. Pilharam tanto que extinguiram a árvore que deu nome ao país. Os pulhas nos pilham desde que essa terra foi descoberta. E continuam.

Mapa de ocorrência do pau brasil

Eu pilho, tu pilhas, ele pilha. As pilhas são nocivas ao meio ambiente. Se você ainda as usa, e vive com o ouvido grudado no radinho de pilha, quando elas envelhecerem e se descarregarem; livre-se delas com cuidado. Vá empilhar suas pilhas em local adequado. Bom, pilhas não têm vida longa. Faz horas que as pilhas recarregáveis estão na onda.



Nos tempos analógicos as pilhas eram imprescindíveis. E muita propaganda. Quem não ouviu falar nas amarelinhas? E em “Troca a pilha, minha filha”. Hoje em dia, até pilhéria parece ter mais utilidade. E tudo indica que a pilha do Ronaldinho Gaúcho tá acabando. Ele vai ter que optar por uma bateria mais potente... pode ser a da Mangueira, da Beija Flor...


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