quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Nosso 300

Atingimos a marca do 300º texto. Em mais um dia que São Pedro colaborou pra amenizar o solão cuiabano. Mandou chuva. E as lides cotidianas nos fizeram ir e vir pela cidade. No vai e vem pelas ruas cuiabanas, de dia e de noite, buscando imagens e a mercê dos acontecimentos, em busca do improviso espontâneo que toca este blog. Trezentos lembra o filme que nunca assistimos, mas acho que também não amamos. Seria mais adequado assistir primeiro, pra depois dizer se gostamos ou não. Mas, ser eternamente politicamente correto é um pé no saco.



A questão é que o filme “300” (EUA/2007) bateu duro em nossas cabeças como que pedindo pra ser lembrado. O fato de ele ser baseado em história em quadrinhos homônima de Frank Miller, nos remete ao lançamento da HQ “Paiaguá-Donos do Rio”, de Augusto Figliaggi e Elaine Guarani, que fomos conferir. A publicação é fruto do Prêmio Micro Projetos na Amazônia Legal. A HQ propõe uma reflexão em torno da guerra contra a etnia Paiaguá, habitantes primitivos desta região, que aconteceu no século XVIII, quando o Brasil vivia sob os mandos e desmandos de Portugal. Esse episódio histórico evoca o sentimento de liberdade dessa nação indígena e o seu consequente massacre.
Elaine Guarani e Augusto Figliaggi autografando
Bem vinda essa HQ produzida por artistas da terra que passa a limpo essa passagem da história regional, numa linguagem (quadrinhos) que ganha cada vez mais espaço para reportar a realidade e também revisitar clássicos da literatura. Os passarinheiros que assentam por aqui e se interessarem podem saber mais sobre “Paiaguá-Donos do Rio” no endereço http://paiaguasdonosdorio.wordpress.com/.
No Sesc Arsenal, onde foi lançada a publicação, a quarta-feira foi dia de cantoria para nós. Fomos para o local do crime preparados para soltar a voz e aproveitamos pra inserir no programa cultural uma rápida passada por outro evento marcado para este mesmo dia, envolvendo o Bené Fonteles, nosso conhecido de priscas eras. A apresentação dos audiovisuais e o papo com o cara foram descartados, porque aconteceram no mesmo horário da apresentação do SesCanta. Deu tempo de dar um abraço no Bené e sapear na beleza dos livros que ele produziu. E ainda tive o desplante de fazer mais uma foto ridícula (minhas fotos notúrnicas são sempre imperdoáveis), flagrando o Bené ao lado de dois ótimos fotógrafos de Mato Grosso: Rai Reis e Mário Friedlander.
Mário, Bené e Rai numa situação embaçada
O acontecimento mais inusitado da noite rolou em plena apresentação do coral. Estávamos cantando na choperia, enquanto logo atrás da gente acontecia outro evento. Fazendo o possível para não desafinar, não perder o tom e nem sair do andamento da música, super concentrado e acompanhando o maestro; eis que sou obrigado a olhar para trás, após ser abordado por um amigo. Ele se dirigia para o lançamento da HQ, me viu, e não reparou que eu estava cantando, já que o burburinho e a cantoria se misturavam. Olhei para ele, balancei a cabeça cumprimentando-o e cantando ao mesmo tempo. Acho que ele percebeu a sabotagem acidental que quase provocou em meu momento/coralista. Ficou perplexo...

Antes da entrada em cena, as 'entradas' de Robertinho e Vilani
Terminada a apresentação, procurei por ele para rirmos juntos do rocambolesco fato que protagonizamos, mas ele já tinha vazado. E assim vazam também estas palavras do nosso post 300.   

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