sábado, 4 de agosto de 2012

Hey Jude

Até a lua cheia quer participar dos ideais olímpicos

Estamos atentos. Ligadaços nas Olimpíadas. Torcer é sofrer. Lógico que torcendo também pra que o STF aplique um cartão vermelho na turma do "mensalão". Não é nada fácil acompanhar o desenrolar dessa batalha, no campo jurídico, que o final de semana garantiu uma trégua. Continuamos focados nas performances dos atletas de alto nível (e neste caso não se tem pátria: o melhor é o melhor). É claro que torcemos pelo esporte e pelos atletas brasileiros. O basquete, o futebol e o vôlei, masculinos; garantiram vitórias neste sabadão. Vitórias assim apertadinhas (menos no basquete), em disputas que não são recomendáveis àqueles que têm problemas cardíacos.


O filho de Poseidon: Michael Phelps

O jogo de futebol contra Honduras foi estranhíssimo. Mesmo contra um país sem nenhuma expressão no futebol, o Brasil ganhou apertado, de 3 a 2, apesar de jogar parte do primeiro tempo e o segundo tempo inteiro, com um jogador a mais. O que ficou de positivo foi que o Brasil ficou duas vezes atrás no placar, mas soube virar o jogo retranqueiro. Já no vôlei, contra a Sérvia, a performance dos jogadores brasileiros foi o melhor exemplo de altos e baixos. E o técnico, o Bernardinho... bem tem horas que precisam segurar o homem  porque parece que ele vai dar (ou ter) um troço.


Até o fechamento deste post o Brasil estava em 25º lugar no quadro das medalhas. Sãos mais de duzentas delegações disputando bom desempenho e medalhas e o nosso País, a sexta ou quinta economia mundial, vai muito mal. Como quase sempre. Pesquisamos pra saber quando foi que o Brasil teve a sua melhor colocação no quadro das medalhas em Jogos Olímpicos. Foi na Antuérpia, em 1920, quando ficamos em 15º lugar.


Na Olimpíada de Atenas (2004), o Brasil ficou em 16º. O Tutty Vasques, também tá atento às competições em Londres. Ele registrou o retorno da equipe de tiro ao alvo do Brasil, classificada em 17º lugar. "Bala perdida é uma vocação brasileira", escreveu bem humorado. Já o José Simão, outro midiático, sugeriu que o Brasil passasse a se chamar Bronzil, por conta das medalhas de bronze.


Atleta sem pátria: Guor Marial do Sudão do Sul


E o vento levou o sonho brasileiro no salto com vara feminino. Parte da mídia bateu duro na Fabiana Mürer, atleta que já fez bonito. Quem não se lembra do “piti” na Olimpíada de Pequim quando ela viu que uma de suas varas tinha sumido. Desta vez foi o vento, e ela desistiu. Não vamos cair matando, mas... Melhor elogiar o Mauro Vinícius, o Duda, que ficou em sétimo lugar no salto em distância, depois de tentar até o fim. A brasileira Pâmella Oliveira, do triatlo, vinha muito bem na natação (em 4º lugar), mas, quando migrou para o ciclismo, logo no início, levou um tombaço e se machucou toda. Perdeu minutos precisos e posições. Mesmo assim prosseguiu na disputa e pegou a 30º colocação.


O choro e a dor da triatleta Pâmella


Mas nem só de competições vive a Olimpíada. A participação de um atleta com dupla amputação (sem as duas pernas) no atletismo, a expulsão de uma atleta ligada ao neonazismo, e a presença de um atleta do Sudão do Sul, perseguido em seu país por questões políticas (atleta sem pátria), que disputará a maratona sob a bandeira olímpica, são exemplos da nobreza dos ideais esportivos. A Olimpíada, onde quer que aconteça, é um evento muito superior aos problemas internos ou externos dos países. Quem sabe se até os jogos do Rio de Janeiro, o nosso ministro dos Esportes esteja mais atento tenha aprendido a lição. 


Oscar Pistorius, da África do Sul, quebrando tabus


E fechamos o papo de hoje com uma homenagem a duas artistas que conquistaram o mundo e se mandaram exatamente no dia 5 de agosto:  


A pequena notável, Carmen Miranda

e a bombshell: Marilyn Monroe

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