domingo, 8 de julho de 2012

É fria!


Tá bom pra pinguim... 

Até a noite da sexta-feira nada parecia poder mudar o curso do nosso final de semana. Durante os últimos dias procuramos em algum lugar do armário, perdido no meio das roupas, o velho companheiro de todos os anos: o umidificador de ar. Assim é o período quando as chuvas dão por terminadas. Chega com força a secura braba, aquele ar irrespirável, de baixa umidade. O ar condicionado, que precisa ser infalível, sabemos bem por que, complica. Fica tudo mais seco ainda.

Tem mais. Os mosquitos se alvoroçam. A raquete elétrica deve estar sempre perto, as portas da casa precisam ser fechadas ao entardecer, um costume antigo, para diminuir o acesso a esses voadores zumbidores chupadores de sangue. Têm vezes que o "baygon" precisa ser borrifado.  

E eis que surge um sábado de inverno. Inverninho cuiabano, com o tempo  brusco. Mudou da noite pro dia e nem avisou. Quem mandou não conferir as informações meteorológicas. Seria mais uma frentezinha fria, daquelas que duram o final de semana? É incrível como a temperatura pode baixar vinte ou mais graus em algumas horas neste lugar. E ninguém garante que o calorão não volte na segunda-feira.  

...o frio tá mangano...




A noite está tão fria, mas não chove lá fora. Só venta um pouco. E uma discreta garoa é cúmplice do vento. O suficiente pra rebaixar a sensação térmica. Os cobertores ‘seca poço’ da casa já saíram do armário do quarto de dormir e habitam a sala. E os pés clamam por meias, mesmo que a sandália havaiana seja o pisante doméstico preferido.

O céu apresenta um tom meio alaranjado. Ou cor de abóbora mesmo. Cruzar os braços, enfiar as mãos nos bolsos. Escolher as peças entre o limitado vestuário de inverno que temos. Tomar banho, só se for com o chuveiro no mais quente, no inverno. Outras ações domésticas ficam desconfortáveis, já que a água quente, normalmente, é só no chuveiro por estas bandas. Na hora de lavar a louça, que castigo para as mãos. Aquela água trincando.


Chapada? Só de vista (Tela: Miguel Penha)



“Eu gosto de frio”. É fácil dizer isso morando numa cidade onde faz calor 99% dos dias do ano. É preciso aprender a lidar com blocos de gelo, como se estivéssemos a montar um iglu. A neve do tempo aqui é diferente. Serve apenas para tingir nossas madeixas. Apesar dessas e de outras palavras sobre o frio, que não couberam nesta conversa... brrrr!!! A onomatopeia da hora em Cuiabá. E aúfa de roupa pra botar a cara na rua.

Uns sopapos pra esquentar ou... 


Frio durante o dia é menos doído. Câmbio... Estamos no domingo e o Astro Rei ameaça romper camadas de nuvens friorentas. 

...um ensopado pra segurar!


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